Petrúcio Ferreira volta a bater recorde mundial nos 100m rasos com tempo de 10s29; assista

Brasileiro bicampeão paralímpico conquista feito durante Desafio de atletismo em São Paulo

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Petrúcio Ferreira

bateu mais uma vez o

recorde mundial dos 100 metros rasos

para atletas paralímpicos da classe

T47

nesta quinta-feira. O brasileiro de 25 anos já era detentor do recorde com o tempo de

10s42

Publicidade

e superou a própria marca ao fazer

10s29

durante o

Desafio de atletismo CPB/CBAt

em São Paulo, no

PUBLICIDADE

Centro de Treinamento Paralímpico

. Desde 2019, Petrúcio trabalhava para melhorar seu desempenho e finalmente conquistou o tempo desejado.

Publicidade

"Melhorar o tempo é sempre minha meta. Desde os Jogos de Tóquio 2020, nos quais conquistei a medalha de ouro e bati o recorde paralímpico da prova, eu não parei de treinar. Fiz todo o trabalho multidisciplinar para me manter em alto nível. Estou muito feliz com o resultado", disse Petrúcio ao Comitê Paralímpico Brasileiro ao fim da prova. O bicampeão olímpico, não teve facilidade na disputa para superar Derick Souza, atleta olímpico do Pinheiros.

Em São Paulo, Petrúcio Ferreira vibra com nova quebra de recorde mundial Foto: Marcello Zambrana/CPB

Derick também correu abaixo do recorde anterior de Petrúcio e concluiu a prova na segunda posição, com tempo de 10s35. O recorde anterior da classe T47 (atletas com deficiência nos membros superiores) havia sido estabelecido por Petrúcio em 2019, durante o Mundial de Dubai. A marca superada nesta quinta também reafirma Petrúcio Ferreira como o atleta paralímpico mais rápido do mundo, posto que também já era ocupado pelo paraibano. A marca faz referência ao melhor tempo dos 100m sem distinção por classificação esportiva.

Em alta
Loading...Loading...
Loading...Loading...
Loading...Loading...

Petrúcio Ferreira conseguiu o novo feito durante a participação no Desafio de atletismo CPB/CBAt, um evento que tem como objetivo difundir a prática do atletismo entre atletas olímpicos e paralímpicos, que disputam as provas entre si, sem qualquer distinção. O evento ocorrerá em sete etapas ao longo do ano, a primeira delas começou nesta quinta-feira e seguirá até o sábado. Petrúcio já traça novos objetivos na carreira, se sente desafiado a buscar marcas de velocistas olímpicos e aponta nova meta na carreira.

"Os atletas sem deficiência puxam a gente. Eu fico motivado para superá-los. No meu dicionário não existem as palavras impossível e difícil. Só existe a frase: Eu posso, eu quero e eu consigo. Depois deste tempo de 10s29, quem sabe eu consiga chegar à marca de 10s10? Não é uma promessa, mas tenho este desejo", explicou o velocista. O novo tempo de Petrúcio é superior, por exemplo, ao de Paulo André, atualmente no BBB e único semifinalista brasileiro na Olimpíada de Tóquio (10s31).

Petrúcio Ferreira é bicampeão paralímpico dos 100 metros rasos, com o ouro nas provas das Olimpíadas do Rio 2016 e de Tóquio em 2021. O atleta de 25 anos também é recordista mundial nos 200 metros da classe T47, com tempo de 21s21. Em entrevista ao Estadão, antes do ouro paralímpico na capital japonesa, disse que não sentia pressão por ter de melhorar seus índices nos 100m rasos e projetou novos recordes.

“Eu não ponho esses resultados como pressão, mas coloco como um desafio pessoal de buscar o meu melhor, de estar no meu melhor e buscar o meu limite”, afirmou. Petrúcio também havia quebrado recordes da prova em 2017, no Mundial de Atletismo de Londres (10s53), e em 2018, no Circuito Paralímpico Internacional (10s50).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.