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Por fraude em 2000, só 3 esportes têm atletas com deficiência intelectual no Rio

Apenas as provas de natação, atletismo e tênis de mesa contam com atletas com esse tipo de deficiência

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Por Redação
Atualização:

O início dos Jogos Paralímpicos do Rio-2016, nesta quinta-feira, trouxe novamente à tona a polêmica sobre a participação de atletas com deficiência intelectual na competição. Neste ano, apenas as provas de natação, atletismo e tênis de mesa contam com atletas com esse tipo de deficiência. Mesmo assim, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) liberou somente quatro provas em cada modalidade.

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Entre os 287 atletas da delegação brasileira, por exemplo, somente três possuem deficiência intelectual: Daniel Tavares, no atletismo, e Beatriz Borges Carneiro e Felipe Caltran Vila Real, na natação.

Atletas com esse tipo de deficiência não participaram da Paralimpíada de Atenas, em 2004, e de Pequim, em 2008. Eles só voltaram aos Jogos em Londres-2012. A limitação à participação de atletas com deficiência intelectual veio após uma fraude cometida por competidores da delegação da Espanha durante a Paralimpíada de Sydney, em 2000. No time de 12 jogadores de basquete masculino, somente dois tinham algum tipo de deficiência.

O escândalo veio a público depois de o jornalista Carlos Ribagorda ter relatado que participou da Paralimpíada sem ter qualquer deficiência. De acordo com sua versão, essa era uma prática comum na Espanha e teria ocorrido em outras competições. Ribagorda disse que participou da fraude porque estava fazendo uma reportagem.

Depois dos Jogos de Sidney, o Comitê Paraolímpico Espanhol (CPE) retirou as medalhas de ouro dos jogadores que participaram da fraude e iniciou uma investigação. O ex-presidente da Federação Espanhola de Esportes para Deficientes Intelectuais, Fernando Martín Vicente, teve de devolver 140 mil euros que havia recebido como pagamento. Sua punição foi irrisória - ele teve de pagar uma multa de apenas 5.400 euros.

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