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'Posso voltar melhor que antes', diz Cielo após corte no Mundial

Nadador chega ao País e explica lesão que sofreu no ombro

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

Embora tenha sido cortado do Mundial de Esportes Aquáticos em Kazan, na Rússia, e regressado ao Brasil sem ter a chance de defender o tricampeonato nos 50 m livre, o nadador Cesar Cielo desembarcou em São Paulo na manhã desta quinta-feira visivelmente chateado, mas otimista. Ele afirmou que terá 364 para se preparar os Jogos do Rio, o grande palco, em sua avaliação, e pretende participar das seletivas já no mês de dezembro. “Temos tempo de sobrar até a Olimpíada. Não vejo problema em voltar melhor do que antes”. 

Para o atleta, havia o medo de agravar a lesão. “A decisão (de deixar o Mundial) foi tranquila. Até pelos 50 m borboleta, a gente viu que as coisas não estavam indo como a gente esperava. Seria muito difícil reverter o jogo para chegar ao meu melhor. O medo era arriscar a situação do ombro. Estamos preparando tudo para a Olimpíada do ano que vem. Agora a virar a página e pensar que esse livro ainda não acabou. Vamos pensar na Olimpíada que é o nosso grande palco”, afirmou Cielo no aeroporto de Guarulhos. 

Cielo desembarca em São Paulo após disputa do Mundial de Kazan, na Rússia Foto: Gonçalo Júnior

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Segundo o médico da equipe, Gustavo Magliocca, o atleta se queixou de dor no ombro esquerdo, que nos exames físicos iniciais apontavam para uma lesão no tendão supra espinhal. O problema se agravou e ficou decidido que ele seria cortado. Cielo afirmou que será submetido a novos exames, mas não descartou competir em dezembro. “Quero chegar o mais completo possível para essa temporada no Rio e chegar na melhor forma possível”. 

O atleta afirma que o corte não vai atrapalhar sua programação. “Era programado um certo descanso. Pelo tempo de recuperar, a ideia é voltar a treinar da mesma forma que antes, saudável e recuperado para seletiva em dezembro para temporada. Não muda muito. Difícil é lidar com a situação agora. São meses de dedicação, comprometimento, nutrição, descanso. É frustrante uma coisa dessas acontecer. É mais frustrante saber que não fazendo o que sei fazer na piscina. Esse era o meu 100% dessa vez. E o meu 100% estava muito longe do meu melhor. É buscar esse melhor aqui em casa”, afirmou o nadador. 

Cielo vinha sentindo as dores no ombro há mais de um mês. Antes, já havia optado por não disputar os Jogos Pan-Americanos de Toronto, para se concentrar apenas no Mundial. Fez sua preparação na Holanda enquanto os outros nadadores da seleção brasileira fizeram a aclimatação em Portugal. Em sua primeira disputa em Kazan, nos 50 m borboleta, ficou na sexta colocação. Também não participou do revezamento 4 x 100 m livre, que garantiu a vaga olímpica para o País. Chateado pelo corte, o atleta preferiu não ficar na Rússia.

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