PUBLICIDADE

Publicidade

Presidente do COB terá que depor sobre compra de votos para a Olimpíada

Operação Unfair Play quer desmantelar pagamento de propina em troca de contratação de empresas terceirizadas

Por Constança Rezende e RIO 
Atualização:

A Polícia Federal está na manhã desta terça-feira na casa do presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman. Ele é investigado em um esquema de compra de votos para o Rio sediar a Olimpíada de 2016. Nuzman  será obrigado a depor ainda nesta terça, na Polícia Federal.

A operação intitulada deOperação Unfair Play tem como objetivo desmantelar um esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas por parte do Governo do Rio de Janeiro. Esta nova fase da Lava Jato no Rio de Janeiro, conta com apoio de autoridades francesas.

Casa do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, no Leblon, Zona Sul do Rio Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

PUBLICIDADE

As investigações, iniciadas há nove meses, apontam que os pagamentos teriam sido efetuados tanto diretamente com a entrega de dinheiro em espécie, como por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios e também por meio do pagamento de despesas pessoais. Além disso, teriam sido realizadas transferências bancárias no exterior para contas de doleiros.

"Os fatos apurados indicam a possibilidade de participação do dono das empresas terceirizadas em suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da capital fluminense pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas 2016, o que ensejou pedido de cooperação internacional com a França e os Estados Unidos", informou a PF.

Pelo menos setenta policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal. Os presos serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.