13 de fevereiro de 2018 | 07h00
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, planeja visitar a Coreia do Norte após a Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, consolidando os laços com o país recluso que usou o evento para retomar o diálogo político com a Coreia do Sul.
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Bach disse nesta terça-feira à agência de notícias Reuters que fará a visita a convite de Pyongyang e como parte de um acordo do COI e das duas Coreias. As partes ainda estão debatendo uma data conveniente. Os Jogos sul-coreanos terminam no próximo dia 25.
“Todas as partes envolvidas acolheram este convite à Coreia do Norte”, disse. “Estamos conversando sobre a data conveniente de forma a continuar o diálogo do lado esportivo. Veremos quando isso acontecerá”.
Líderes sul e norte-coreanos trocaram apertos de mão calorosos e sorrisos na cerimônia de abertura de sexta-feira, o que permitiu ao COI apresentar os Jogos como facilitadores da paz e retirar o destaque midiático de um escândalo de doping russo que atormenta o organismo há anos.
Atletas da Rússia marcharam sob a bandeira olímpica e com cores neutras durante a cerimônia, já que foram impedidos pelo COI de competir formalmente por seu país. Muitos críticos pediram que o COI proibisse todos os russos sem exceções. O governo da Rússia, inclusive, anunciou que realizará Jogos de Inverno alternativos depois que atletas do país não tiveram participação aceita na competição oficial.
A Coreia do Norte concordou em participar dos Jogos de Pyeongchang depois que Seul e o COI incentivaram a nação, que é alvo de diversas sanções internacionais, a fazê-lo como um gesto de paz. O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, está usando o evento como parte de seus esforços para quebrar o gelo com o vizinho do norte e abrir caminho para conversas sobre os programas de armas.
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