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Problemas no transporte coletivo atrapalham chegada em abertura do Rio-2016

Falta de informação e lotação foram algumas das dificuldades enfrentadas

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Por Mariana Sallowicz e Wilson Tosta
Atualização:

Problemas no transporte coletivo - ironicamente, recomendado pelas autoridades nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro - marcaram a chegada do público à solenidade de abertura da Olimpíada, no estádio do Maracanã, na tarde e noite desta sexta-feira. Estações e composições lotadas e falta de informações atrapalharam o desembarque do metrô.

Faltaram indicações corretas sobre o melhor lugar para desembarcar em relação ao respectivo portão de ingresso, o que confundiu muita gente. E quem descia no Maracanã, por segurança, era obrigado a andar, pela passarela, até a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) - uma volta que prolongou a caminhada. Apesar do policiamento, houve queixas de furto e ação de cambistas, esta à vista dos policiais militares.

Maracanã foi palco da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos 2016 Foto: Christophe Simon/ AFP

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O sofrimento dos passageiros começava nas estações do metrô. Quem não foi prevenido e adquiriu antes o tíquete teve de enfrentar longas filas. Vencida a espera e, depois, a viagem no aperto do trem lotado, havia o problema do desembarque.

"No metrô não tinha sinalização, e as pessoas não sabiam informar", contou à reportagem a professora Bianca Lima, que relatou ter passado dificuldades para chegar à cerimônia. "Como sou carioca, consegui me virar, mas vi um grupo grande de turistas que foi para outra parte e provavelmente não conseguiu chegar ao local desejado."

Bianca relatou que não viu informações sobre qual estação deveria desembarcar. Há duas opções, a Maracanã e a São Cristóvão, sendo cada uma delas mais próxima de determinados portões. Uma opção errada implicava uma caminhada mais longa, por uma área policiada, mas de mobilidade mais lenta, devido a medidas de segurança corriqueiras em eventos do gênero, mas irritantes para o público.

"Havia muito pouca informação visual, principalmente em inglês", reclamou a professora. Segundo ela, funcionários do metrô, quando consultados a respeito, também demonstravam desconhecimento sobre o melhor lugar de desembarque para o passageiro, de acordo com o portão. Também havia voluntários, versados em idiomas estrangeiros, para orientar os visitantes internacionais. Mesmo assim, alguns pareciam confusos com a falta de sinalização.

Mais de 30 ruas na região foram bloqueadas ao tráfego. Barreiras de grades de metal cercaram o estádio. Milhares de policiais armados, alguns até a cavalo, se espalharam. A segurança foi rigorosa. Garrafas de vidro, obviamente, tinham entrada proibida.

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Muita gente, aparentemente, seguiu a recomendação dos organizadores: evitou levar mochilas ou sacolas, o que poderia causar demoras ainda maiores nas revistas. Outros procuraram chegar cedo, já que portões foram abertos às 16h30. Mas tantos círculos de segurança e checagem tornavam o caminho ainda mais longo.

Os cambistas não demonstravam preocupação com discrição. Abordavam muita gente, especialmente turistas, oferecendo entradas a preços que iam de R$ 700 a R$ 2000. Policiais militares ignoravam sua ação.

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