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Provas de resistência em Pequim podem não ser saudáveis, diz COI

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Por Redação
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Provas de resistência na Olimpíada de Pequim podem trazer riscos à saúde, caso sejam realizadas em locais muito poluídos, disse o Comitê Olímpico Internacional (COI) na quarta-feira, apesar de ter reagendado este tipo de prova. Hein Verbruggen, chefe da Comissão de Coordenação do COI, disse que há uma pequena chance dos atletas sofrerem danos à saúde, se participarem de provas que durem mais de uma hora, como a maratona ou as corridas de ciclismo. Pequim é uma das cidades mais poluídas do mundo. Apesar do investimento em purificação de mais de 120 bilhões de iuanes (17,12 bilhões de dólares) feito na última década, a qualidade do ar continua sendo uma preocupação dos atletas que participarão dos Jogos, que já enfrentam protestos relacionados aos direitos humanos. "Pode haver risco, mas não tão grande, para provas de resistência que durem mais de uma hora", disse o holandês à Reuters em meio à inspeção final das preparações para os Jogos, que vão de 8 a 24 de agosto. "Neste caso, estamos desenvolvendo um plano B. Podemos atrasar certos eventos em alguns dias. Mas, para fazer isso, a coisa precisa estar muito ruim." Os organizadores podem enfrentar um dilema se, no dia final de competições, os níveis de poluição forem altos demais para permitir a maratona masculina. Para provas que durem menos de uma hora, Verbruggen disse que não há nenhum risco à saúde dos atletas. "Os chineses, junto com a nossa Comissão Médica, fizeram um excelente trabalho", acrescentou ele. "Eles provaram cientificamente que não há riscos para a grande maioria dos esportes". O chefe da Comissão de Imprensa do COI, Kevan Gosper, disse que os investimentos de Pequim já deram resultados e que estava confiante que os planos de contingência seriam efetivos. "Em todos os Jogos de que participei como administrador, desde 1984, houve preocupações quanto à qualidade do ar... em todos os casos, tudo ocorreu normalmente", disse ele. Pequim planeja tirar cerca de metade de seus 3,5 milhões de carros das estradas e fechar parcialmente as indústrias na capital e em mais cinco províncias vizinhas por dois meses -- o que inclui a Olimpíada e a Paraolimpíada.

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