'Quero ser um exemplo para todos os jovens de Marrocos', diz o surfista Ramzi Boukhiam

Atleta tem garantida a vaga olímpica nos Jogos de Tóquio e espera deixar um legado em seu país

PUBLICIDADE

Por Andreza Galdeano
Atualização:

Representante do continente africano nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o surfista marroquino Ramzi Boukhiam vai marcar presença no pré-olímpico de El Salvador, em maio. No local, serão definidas as últimas cinco vagas no masculino e sete no feminino. Boukhiam não tem com o que se preocupar, mas quer competir para aumentar a visilidade da bandeira que representa.

"Ter um marroquino na Olimpíada é muito importante para mim, para minha família e para o meu país. Estou muito feliz. Eu apenas quero ser um exemplo para todos os jovens de Marrocos que não têm a mesma oportunidade", conta o surfista em entrevista ao Estado. "Lá tem muitos talentos, assim como no Brasil", continua.

Ramzi Boukhiam, surfista marroquino Foto: Daniel Smorigo/WSL

PUBLICIDADE

Boukhiam avalia o surfe em seu país e diz que a modalidade está crescendo bastante. "Agora os marroquinos estão vendo que também têm potencial e investindo nisso", conta. Ele garantiu o seu lugar em Tóquio ainda no ano passado, quando disputou o ISA Games no Japão.

"Fui para o ISA e sabia que poderia me classificar, mas não fiquei pensando nisso. Eu fui me soltando... Como fala mesmo?", questionou o surfista que fala português quase fluente. "Soltinho, não é? Fui me soltando aos poucos", afirma, rindo.

O surfista explica que a ficha caiu apenas quando retornou ao seu país. "Estava todo mundo falando sobre a minha presença em Tóquio. Foi quando eu percebi o quanto era importante ter conquistado essa vaga olímpica", comenta.

No domingo, Boukhiam desbancou os brasileiros e ergueu o troféu do Oi Hang Loose Pro Contest, etapa da divisão de acesso do Circuito Mundial em Fernando de Noronha. A vitória em terras brasileiras colocou o atleta na vice-liderança do ranking.

* A repórter viajou a convite da organização do evento

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.