PUBLICIDADE

Publicidade

Recurso do COI por volta da proibição de protestos nos Jogos já chegou à Justiça

Para organização, Olimpíada não pode ser plataforma de debate político

Por Constança Rezende
Atualização:

O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Rio-2016 entraram na Justiça Federal com recurso que pede a volta da proibição dos protestos políticos nas arenas dos Jogos. O agravo chegou por volta das 15 horas desta terça-feira ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Quem analisará o pedido será a desembargadora de plantão Nizete Lobato, já que a Justiça está em recesso por causa dos Jogos.

A magistrada deverá decidir se mantém ou não a liminar do juiz João Augusto Carneiro Araújo, da 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Araújo determinou que a União, o Estado do Rio e o Comitê Organizador dos Jogos sejam proibidos de reprimir manifestações políticas pacíficas durante a Olimpíada.

'Queremos arenas limpas', alegoudiretor de Comunicações do ComitêRio-2016 Foto: Dida Sampaio/Estadão

PUBLICIDADE

O juiz argumentou que "a conduta impugnada nesta Ação Civil Pública contraria o próprio espírito olímpico de união e respeito entre os povos e o respeito à diferença, verificado, inclusive, na bela abertura dos Jogos Olímpicos no último dia 5 de agosto no Estádio do Maracanã". "É notório que para a promoção dos referidos valores é indispensável a proteção da liberdade de expressão do pensamento", disse.

A ação inicial foi movida pelo Ministério Público Federal. Mais cedo, o diretor de Comunicação do Comitê Rio-2016, Mario Andrada, argumentou que a Olimpíada não é lugar para manifestações. Já Mark Adams, porta-voz do COI, disse que espera que as pessoas entendam que a Olimpíada é um evento global e não pode ser plataforma de debate político.