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Refugiados do Tibete protestam contra Olimpíada

Tibetanos realizam atos por várias partes do mundo para pressionar a China a conceder a independência

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Por Redação
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Refugiados tibetanos protestaram no mundo todo na segunda-feira, para marcar o 49.º aniversário da revolta contra o comando chinês e pressionar para que a independência corra à dianteira das Olimpíadas de Pequim. Veja também:  Especial: Pequim, as cidades e os locais da Olimpíada 2008 No Nepal, muitos ficaram feridos quando a polícia usou cassetetes para dispersar uma marcha à embaixada chinesa, enquanto na vizinha Índia, 101 refugiados iniciaram uma marcha de cinco meses ao Tibete, acompanhados por milhares de simpatizantes. Na Grécia, dezenas de tibetanos acendeu uma tocha do lado de fora de Olímpia, onde eram realizados os Jogos Olímpicos na antiguidade, iniciando um revezamento que eles esperam que passe por mais de 20 países e termine na fronteira do Tibete, logo no início das Olimpíadas de Pequim, em 8 de agosto. Com a proximidade das Olimpíadas, os tibetanos tentam revigorar seu movimento pela liberdade e protestam contra a ocupação chinesa de seu território, que eles consideram ilegal. Na Índia, milhares de pessoas, incluindo ocidentais, tibetanos e indianos, acompanharam a marcha para Dharamsala, lar do líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama, e do "governo expatriado" dos refugiados. "Todos estão animados", disse Tsewang Rigzin, presidente do Congresso da Juventude Tibetana. " Muitas pessoas choravam ao dar adeus aos que marchavam", afirmou. "Enquanto refugiados, temos o direito de voltar à nossa pátria", disse ele, mas oficiais indianos disseram que a marcha seria impedida de sair das fronteiras. Na marcha, havia monges budistas de vermelho, monjas e jovens nascidos no exílio, carregando bandeiras do Tibete e fotos de Dalai Lama e de Mahatma Ghandi, líder da independência indiana e defensor da desobediência civil não-violenta. Os protestos marcaram o aniversário da revolta do Tibete contra o governo chinês, esmagada pelo Exército da Libertação, e exilando o Dalai Lama. "Com as Olimpíadas na China, e o governo chinês usando esta plataforma para legitimar a ocupação ilegal do Tibete, estamos demonstrando que o Tibete pertence aos tibetanos e que nós nunca iremos desistir até que o Tibete seja independente", disse Rigzin. O Dalai Lama aproveitou a ocasião para reclamar que a língua, as tradições e os costumes do Tibete estão "gradualmente desaparecendo" à medida que eles se tornam "minoria insignificante" em sua terra natal. Os tibetanos "tiveram de viver com constantes medo, intimidação e alerta sob a repressão chinesa", disse ele em comunicado divulgado em Dharamsala. "A repressão continua a aumentar com numerosas, inimagináveis e repulsivas violações dos direitos humanos, negação da liberdade religiosa e a politização de questões religiosas".

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