O revezamento da tocha olímpica passou nesta quarta-feira pelo Paquistão, onde não foram registrados protestos ou manifestações contra a Olimpíada de Pequim, em agosto. A ausência de incidentes foi atribuída ao forte esquema de segurança montado pelo governo local, com a intenção de não estremecer as boas relações diplomáticas com os chineses. Veja também: O trajeto completo do revezamento da tocha pelo mundo Os protestos e a ligação histórica com os Jogos Olímpicos A passagem do fogo olímpico pelo país asiático foi aberta somente a convidados, e limitou-se às imediações do Estádio de Jinnah, maior complexo esportivo da capital Islamabad. O percurso original, de três quilômetros e que previa passagem pelo centro da cidade, foi alterado no início da semana. Ao longo do perímetro do estádio, 60 atletas paquistaneses percorreram distâncias curtas com a tocha. O público que não tinha convites teve de contentar-se com a transmissão ao vivo da televisão local. Nas semanas anteriores ao evento, o comitê olímpico do país pediu às emissoras que evitassem comentários negativos sobre a tocha e não mencionassem os recentes conflitos no Tibete, a fim de evitar possíveis focos de revolta e manifestações. Depois da passagem sem incidentes pelo Paquistão, a tocha viaja ainda nesta quarta-feira para a Índia, onde não deve conseguir escapar dos protestos. Cerca de 100 mil tibetanos vivem exilados no país, entre eles o dalai-lama.