O revezamento da tocha olímpica será o grande desafio para o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio nas próximas semanas. A cerimônia da “chama sagrada” será celebrada na Grécia no dia 12 de março, depois haverá uma volta por sete dias no país europeu, e na sequência, a partir do dia 26 de março, começará oficialmente o revezamento em solo japonês – o objeto chegará no dia 20 em Miyagi.
Só que o Comitê Organizador já indica que o evento será bem menor do que o planejado, para evitar que o coronavírus se espalhe ainda mais durante esse período que provavelmente terá aglomeração de pessoas. “Nós pretendemos anunciar nossa política básica na próxima semana”, explicou Masa Takaya, porta-voz do comitê.
No projeto inicial, o revezamento começará em Fukushima, local que sofreu com o terremoto de 2011. E passará por 47 prefeituras, e os principais cartões-postais do país, até chegar na cerimônia de abertura, marcada para 24 de julho em Tóquio. A tendência é que o Comitê Organizador reduza a quantidade de pessoas envolvidas em cada etapa do revezamento.
Serão 121 dias de celebração e a estimativa preliminar indica que cerca de 10 mil pessoas carregarão a tocha olímpica no Japão. O evento conta com patrocinadores globais como Coca-Cola e Toyota, e costuma reunir grandes atletas e celebridades em cada etapa do percurso. É o aquecimento para a Olimpíada e até por isso, os organizadores sabem que não podem falhar.
Recentemente, um evento para voluntários dos Jogos foi cancelado, a fim de evitar a aglomeração de pessoas nesse período mais crítico do inverno. Shinzo Abe, Primeiro Ministro do Japão, pediu o fechamento das escolas públicas até abril, para manter as crianças em casa. O foco total está em garantir que a nação passará por esse momento sem grandes traumas para poder confirmar a realização da Olimpíada no verão.
Diversos eventos esportivos estão sendo cancelados no Japão para diminuir o risco de que o coronavírus se espalhe em um ritmo mais rápido. Neste domingo (sábado à noite no Brasil), por exemplo, será realizada a Maratona de Tóquio, mas apenas com a presença de atletas de elite e cadeirantes – muitos ainda estão em busca de índice para competir nos Jogos Olímpicos. Cerca de 200 pessoas disputarão a prova de 42.195 metros enquanto 38 mil corredores que estavam inscritos não puderam participar. Muitas outras competições pelo país foram suspensas.
COB orienta atletas a evitar viagens a China e Coreia do Sul
O Departamento Médico do Comitê Olímpico do Brasil (COB) orientou os atletas e comissões técnicas a evitar viagens para China e Coreia do Sul. "São totalmente contraindicadas", disse. A medida é mais rigorosa que as recomendações do Ministério da Saúde, que não inclui a Coreia como um destino a ser evitado.
A equipe médica da entidade elaborou um documento apresentando como se dá a transmissão do coronavírus e quais as formas de prevenir. O COB avisou que “seguirá as orientações das Federações Internacionais e definirá a participação em competições e treinos realizados em áreas de risco junto às Confederações Brasileiras Olímpicas.” O COB também garante que dará todo suporte aos atletas para não terem prejuízo em sua preparação.