Publicidade

Rodrigo Pessoa diz que vai ao Rio, mas só para torcer

Campeão olímpico em 2004, cavaleiro não aceita convocação para ser reserva

PUBLICIDADE

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Rodrigo Pessoa não aceitou a condição de reserva na equipe brasileira de saltos, mas virá ao Rio do mesmo jeito. Não como atleta, mas torcedor. Campeão olímpico em 2004, porta-bandeira da delegação brasileira em 2012, ele chega à Cidade Maravilhosa só na sexta-feira, quando participa do revezamento da tocha olímpica. Apesar de ser o recordista brasileiro em participações olímpicas, não participará da cerimônia de abertura, no Maracanã.

O cavaleiro, que vive na Bélgica, já havia comprado ingressos para competições de vôlei, natação e judô. O que mais o motiva, entretanto, é a competição de golfe, que volta ao programa olímpico. Golfista nas horas vagas, Pessoa vai torcer pelo amigo Nicolas Colsaerts, belga que não está entre os favoritos.

  Foto: Jonne Roriz | AE

PUBLICIDADE

“Vou curtir a Olimpíada de qualquer maneira. Vou realmente como espectador”, contou o cavaleiro brasileiro ao Estado. “O Nicola também é embaixador da Rolex (marca de relógios), nos tornamos amigos por causa disso. Ele vai à Flórida (EUA) no inverno para treinar também e jogamos golfe juntos.”

Apesar da frustração de ficar fora da Olimpíada, Rodrigo Pessoa irá ao Centro de Hipismo, em Deodoro. Tem ingresso para ver a prova de cross country do Concurso Completo de Equitação (CCE) – “é sempre interessante” – e quer assistir à final por equipes nos saltos. Ainda tem convite para comentar a prova por uma TV francesa.

“Eu sempre tive bom entendimento com todos os técnicos da seleção. A partir do momento que sou o mais experiente, isso é normal. Eu estava lá para ajudar a dar minha experiência para os demais da equipe. Só que este ano, com essas decisões, não rolou um clima bom para mim. Não teria sido bom para o grupo a minha presença. Mais do que tudo, eu quero participar como titular”, alegou.

AMIZADEA saída dele do posto de reserva abre espaço para Felipe Amaral, que estava de stand by e é treinado pelo próprio Rodrigo Pessoa. O campeão olímpico diz que não tem o status oficial de treinador, mas abre seu haras na Bélgica para o amigo. “Não quero impedir o Amaral de participar dessa aventura”, disse. “É a primeira vez para ele e isso era importante para mim também. É rapaz de excelente qualidade.”

Por outro lado, Pessoa não quis se alongar sobre a convocação de Stephan Barcha, que, na prática, foi quem tirou seu lugar no time. Barcha só este ano começou a competir com regularidade no circuito europeu. Ele é treinado por Neco Pessoa, pai de Rodrigo, mas em um local diferente, também na Bélgica.

Publicidade

“Fico decepcionado por não poder participar, porque eu achava que tinha condições de ajudar a equipe. Mas não é o fim do mundo e vamos torcer para que corra bem”, disse Rodrigo, que não se aposenta da seleção e deve participar da Copa das Nações, em setembro, em Barcelona, Espanha.