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Sarkozy não descarta boicote a Jogos de Pequim

Presidente francês pode não comparecer à abertura caso a China mantenha ofensiva contra o Tibete

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Por Reuters e Associated Press
Atualização:

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, fez um apelo nesta terça-feira, 25, para que a China mostre responsabilidade ao tratar as tensões no Tibet e recusou-se a descartar um boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim neste ano. O francês disse que pode não assistir à cerimônia caso a investida chinesa no Tibete continue.    Veja também:  Tibetanos exilados elevam número de mortos para 140  Sob protestos, tocha olímpica é acesa e segue para China  Especial: Olimpíada e política  Conheça os locais das provas da Olimpíada de Pequim  Teste seus conhecimentos sobre a história da Olimpíada   "Não fecho a porta para nenhuma opção, mas acho que é mais prudente reservar respostas para desdobramentos concretos da situação", disse Sarkozy quando questionado sobre um possível boicote. "Todas as opções estão abertas e eu faço um apelo para o senso de responsabilidade das autoridades chinesas", disse. Um porta-voz do presidente confirmou que ele se referia a uma possível ausência na cerimônia de abertura, no dia 8 de agosto.   "Nossos amigos chineses devem entender a preocupação mundial sobre a questão do Tibete e eu adequarei minhas respostas à evolução na situação que virá, eu espero, o mais rápido possível", disse Sarkozy durante uma visita a um regimento militar no sudoeste da França.   O líder francês afirmou já ter tratado sobre suas preocupações com o presidente chinês, Hu Jintao. Sarkozy teria pedido o fim da violência e o diálogo com o Tibete. Ele também afirmou que houve contatos entre o governo francês e autoridades ligadas ao dalai-lama, o líder do governo do Tibete no exílio na Índia.   Protestos violentos no Tibete, o mais sério desafio em quase duas décadas para o domínio chinês na região, têm levado ativistas de direitos humanos a reexaminar a Olimpíada de Pequim, que será realizada entre 8 e 24 de agosto. Assim como outros governos ocidentais, a França tem rejeitado até o momento a idéia de boicotar os Jogos, mas o ministro francês de Relações Exteriores, Bernard Kouchner, pediu o fim "da repressão" chinesa aos protestos na região do Tibete.   BUSH É CONTRA BOICOTE Ao contrario do presidente francês, o norte-americano George W. Bush mantém sua intenção ir a Pequim, apesar dos últimos acontecimentos no Tibete. "Nossa posição continua sendo que o propósito dos Jogos Olímpicos é que os atletas internacionais se reúnam e exibam seus talentos", explicou o porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.   *Atualizado às 16h50

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