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Secretário-geral da ONU não irá à abertura da Olimpíada

Ausência do sul-coreano Ban Ki-moon, no entanto, seria pela falta de datas em sua agenda

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Por Redação
Atualização:

O sul-coreano Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, não estará presente na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 8 de agosto, "por problemas de agenda", de acordo com informações das Nações Unidas nesta quinta-feira. Veja também:  COI diz que Jogos vão superar 'crise' com tocha  Dalai-lama diz apoiar os Jogos e critica a violência  Indonésia encurta caminho de tocha para evitar protestos    Manifestantes invadem as ruas de São Francisco  Entenda o conflito entre Tibete e China  O trajeto completo do revezamento da tocha pelo mundo  Os protestos e a ligação histórica com os Jogos Olímpicos "O secretário-geral talvez não possa comparecer devido a problemas de agenda", disse a porta-voz da organização, Marie Okabe, que também afirmou que a decisão final ainda será anunciada. A porta-voz insistiu que "há meses" o secretário-geral Ban Ki-moon informou ao Governo da China que "existia a possibilidade de não poder comparecer à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos". Okabe preferiu não comentar se essa decisão poderia ser motivada pelos protestos contra a situação dos direitos humanos na China. "Não é uma decisão recente", disse a porta-voz, que não disse quais eram os compromissos que estariam impedindo a presença de Ban na cerimônia. "Os planos de viagem do secretário-geral, segundo as regras das Nações Unidas, só vão a público com uma semana ou dez dias de antecedência", explicou. No entanto, Okabe afirmou que Ban "planeja visitar a China em algum momento". No dia 17 de março, o secretário-geral da ONU já havia manifestado sua preocupação com os conflitos no Tibete e lamentado a perda de vidas humanas durante a ação policial nos protestos da região. Gordon Brown, primeiro-ministro da Inglaterra, e Angela Merkel, chanceler alemã, são outras autoridades que não estarão presentes na cerimônia. Nesta quinta-feira, um grupo de relatores do Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu ao Governo chinês que seja mais transparente em relação às informações das prisões na região do Tibete. A ONU segue com cautela a delicada situação em Tibete, pois o Governo chinês insiste que o assunto é uma questão interna. Em Bruxelas, o Parlamento Europeu (PE) aprovou nesta quinta uma resolução que pede aos líderes da União Européia que boicotem a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, caso as autoridades chinesas não aceitem dialogar sobre a situação do Tibete. Ao mesmo tempo, o belga Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, disse nesta quinta, em Pequim, que pediu à China que cumpra seu "compromisso moral" com os direitos humanos.

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