PUBLICIDADE

Publicidade

Sem brilho nem carisma, Dream Team tenta o título no basquete

Americanos enfrentam a Sérvia em final após pouca interação com os fãs e campanha de vitórias magras

Por Ciro Campos e e Mariana Durão
Atualização:

A passagem da seleção masculina de basquete dos Estados Unidos pelo Brasil deve terminar com a medalha de ouro na Olimpíada neste domingo, na final contra a Sérvia, às 15h30, e sem premiação pela simpatia ou pela ligação com o público. Discretos e frios, os americanos são os favoritos à mais uma conquista sem terem feito uma campanha arrasadora, construída com placares pequenos e na administração de vantagens magras.

A maior potência olímpica da modalidade pode chegar ao 15.º ouro em 18 participações. Dos sete jogos que antecederam a decisão, em quatro a equipe ganhou por dez pontos ou menos. O sufoco em alguns momentos fez o público mudar a conduta em comparação à estreia dos americanos, contra a China, por 119 a 62.

Se ganharem a final, será o 15º ouro dos EUA em 18 participações olímpicas Foto: Andrej Isakovic|AFP

PUBLICIDADE

A idolatria demonstrada no ginásio deu lugar a gritos de “eu acredito” em alguns momentos e o apoio para os adversários conseguirem ganhar e acabar com os dez anos de invencibilidade do Dream Team.

“Nós não jogamos bem no começo. Mas agora, com as fases decisivas chegando, vamos chegar ao pico das nossas atuações na hora certa”, comentou o armador Kyrie Irving, do Cleveland Cavaliers.

Pela frente na disputa do ouro olímpico, a seleção terá um dos rivais que mais deu trabalho na primeira fase, a Sérvia, vice-campeã mundial.

As estrelas da NBA tiveram pouco contato com os fãs no Brasil. O elenco se hospedou em um navio transatlântico vindo da Itália e pouco saiu pelo Rio de Janeiro.

“Na verdade, para ser bem sincero, quando estou lá dentro do navio, nem me sinto que estou sob o mar. É como se fosse um hotel normal. Temos privacidade e conforto”, explicou o armador Kyle Lowry, do Toronto Raptors.

Publicidade

Segundo o jornal Extra, em uma noite alguns jogadores visitaram uma boate em Copacabana, onde foram vistos com mulheres. Dias depois, aproveitaram uma manhã de folga para conhecer o Cristo Redentor, de onde publicaram fotos e vídeos para as redes sociais.

Quatro jogadores estiveram em Copacabana para ver uma partida de vôlei de praia. Kevin Durant, Daymond Green, DeAndre Jordan e Jimmy Butler estiveram em uma área restrita na arena, acompanhados por seguranças e viram uma partida da dupla americana feminina formada por Gerri Walsh e April Ross, enquanto bebiam cerveja e se vestiam sem o uniforme da seleção.

Na saída, o grupo causou alvoroço. Após descerem à quadra para cumprimentar as compatriotas pela vitória nas quartas de final, o quarteto deixou a arena cercado por um estafe que proibiu o registro de imagens. Um dos seguranças chegou a botar a mão na lente de um cinegrafista para que os jogadores não fossem mostrados.

DESPEDIDA

PUBLICIDADE

O técnico Mike Krzyzewski vai se despedir do comando da seleção ao fim da participação olímpica. No cargo desde 2005, o treinador tem somente uma derrota, na semifinal da Copa do Mundo no ano seguinte, para a Grécia.

Desde então, foram dois títulos mundiais e duas medalhas olímpicas. O “Coach K”, como é chamado, admitiu passar dificuldades no Rio para entrosar o elenco e superar o cansaço ao fim da temporada da NBA.

“Nós passamos dificuldades. Eu acho que todo o pessoal teve dificuldade de manter o ritmo dos jogos como era necessário. Pelo menos conseguimos achar um caminho para ir atrás do nosso objetivo”, disse o ala Paul George, do Indiana Pacers.

Publicidade

PARTICIPE

Quer saber tudo dos Jogos Olímpicos do Rio? Mande um WhatsApp para o número (11) 99371-2832 e passe a receber as principais notícias e informações sobre o maior evento esportivo do mundo através do aplicativo. Faça parte do time "Estadão Rio 2016" e convide seus amigos para participar também!