Técnico de francês diz que candomblé está por trás de vitória de Thiago Braz

Treinador de Renaud Lavillenie sugere 'resultado' sobrenatural influenciado por religião africana

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Por Redação
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Depois de reclamar do público no Engenhão no momento do seu salto com vara, pressionado pelo sucesso do brasileiro Thiago Braz, o time do atleta francês Renaud Lavillenie arrumou outra desculpa para explicar o próprio fracasso e o sucesso do rival. De acordo com o treinador de Lavillenie, o competidor baiano tem 'pacto' com o sobrenatural, com "forças místicas, talvez as do candomblé". E isso o teria feito medalhista de ouro nos Jogos do Rio, enquanto que seu pupilo ficou com a prata.

"Thiago Braz conseguiu um salto de 6,03m. Ele pode ter contado com a ajuda de forças místicas, talvez as do candomblé", afirmou Philippe d'Encausse, em entrevista ao jornal francês Le Monde. "(O Brasil) é um país bizarro", acrescentou, ao repórter do jornal francês. De acordo com o repórter, o treinador teria dito isso "quase que em tom de admiração."

Francês Renaud Lavillenie erra salto na final da olimpíada do Rio Foto: Franck Fife/AFP

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Lavillenie ficou com o segundo lugar após saltar 5,98m, cinco centímetros a menos que o brasileiro. Thiago Braz ganhou o primeiro ouro masculino na história do salto com vara, com quebra de recorde olímpico. O competidor francês reclamou das vaias e chegou a se comparar com Jesse Owens, o lendário velocista negro americano que fez história nos Jogos de Berlim de 1936 ao confrontar a "supremacia ariana" de Adolf Hitler. "Em 1936, a multidão estava contra Jesse Owens. Não vimos isso desde então. Temos que lidar com isso", disse. "Só estou decepcionado com a total falta de respeito do público. Isso não é digno de um estádio olímpico. Mas estou contente com esta medalha."

NA MÍDIA

A imprensa francesa repercutiu as críticas de Lavillenie. Segundo o Le Monde, o saltador francês "saiu de sua bolha de concentração, excedida pelas vaias do público carioca, que encoraja seus protegidos ao mesmo tempo em que desestabiliza seus adversários".

O Le Figaro disse que a prova "ocorreu sob condições difíceis", em alusão à chuva e às vaias. Mas a imprensa francesa considerou inadequada a comparação de Lavillenie com Owens.

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