Phelps fatura tetracampeonato nos 200m medley e quebra outros recordes

Americano se torna maior vencedor individual da história ao quebrar marca da Grécia Antiga

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan , Paulo Favero e enviado especial ao Rio
Atualização:

O último encontro entre Thiago Pereira, Michael Phelps e Ryan Lochte numa Olimpíada acabou sem medalha para o brasileiro, mais uma vez. Nesta quinta-feira, na prova dos 200m medley, o brasileiro ficou na sétima posição, para decepção dos torcedores. Phelps, que já avisou que não estará nos Jogos de 2020, conquistou o tetracampeonato da mesma prova individual. 

Com a vitória desta quinta-feira, Phelps somou sua quarta medalha dourada nesta edição dos Jogos Olímpicos. Na história, ele agora tem 22 de ouro, duas de prata e outras duas de bronze. O americano se junta aos compatriotas Al Oerter, do lançamento de disco, e Carl Lewis, salto em distância, e aos velejadores Paul Elvstrom, da Dinamarca, e Ben Ainslie, da Grã-Bretanha, como únicos a conquistarem uma mesma prova olímpica em quatro oportunidades. Além disso, o nadador chegou ao seu 13º triunfo individual, se tornando o maior vencedor individual da história. Ele ultrapassou Leônidas de Rhodes que, nos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, em 152 a.C., há 2.168 anos, somara 12 títulos no atletismo. 

Michael Phelps fatura o tetracampeonato nos 200m medley Foto: Bernd Thissen| EFE

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Desde os Jogos de 2004, em Atenas, o trio Phelps, Lochte e Pereira se encontram nos 200m medley. Na Grécia, o trio esteve na final, mas Thiago ficou apenas na quinta posição e viu o ouro de Phelps e a prata de Lochte. Quatro anos depois, em Pequim, o brasileiro foi quarto colocado e viu mais um ouro de Phelps, com direito a recorde mundial, e o bronze de Lochte.

Já nos Jogos de Londres, eles continuavam juntos nas raias da prova final. E por pouco Thiago não beliscou uma medalha de bronze. Ficou mais uma vez em quarto lugar, atrás de Phelps (ouro), Lochte (prata) e do húngaro Laszlo Cseh (bronze). A decepção só não foi tão grande porque Thiago, naquela edição da Olimpíada, conquistou a medalha de prata nos 400m medley.

Aos 30 anos, o atleta nascido em Volta Redonda (RJ) optou por nadar apenas uma prova individual na Olimpíada, pois sabia que se optasse por competir em muitas baterias não estaria com fôlego. Como as finais são disputadas à noite no Rio, após às 22 horas, a ideia foi se preparar e apostar todas suas fichas nos 200m medley.

Thiago nadou as eliminatórias e fez o quinto melhor tempo com a marca de 1min58s63. À noite, foi ainda melhor nas semifinais e fez 1min57s11, avançando na terceira posição geral, atrás apenas de Phelps e Lochte. Ele sabia que tinha chance de pódio, mas precisava ter cuidado com o japonês Kosuke Hagino, quarto colocado nas semifinais.

Como de costume, Thiago começou forte a prova, no estilo borboleta, e virou na primeira posição. Depois, no nado costas, passou em segundo empatado com Phelps. A cada virada a torcida se levantava e gritava mais alto, transmitindo energia para o nadador da casa. No peito, ele subia a cabeça e todos empurravam. Virou em segundo e foi para o tudo ou nada no livre. No final, ficou com a sétima posição.

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