Cerca de cinco mil tibetanos iniciaram nesta quinta-feira, 17, um percurso paralelo ao da tocha olímpica por Nova Délhi, onde foram desdobrados mais de 15 mil policiais para o revezamento oficial, informou a agência indiana Ians. Veja também Na chegada da tocha, 40 tibetanos são presos em Nova Délhi Restrições marcam revezamento de tocha no Paquistão O trajeto completo do revezamento da tocha pelo mundo Os protestos e a ligação histórica com os Jogos Olímpicos Usando camisas amarelas com mensagens em defesa da liberdade do Tibete e gritando palavras de ordem contra a China, os manifestantes se reuniram no parque Rajghat, onde realizaram uma cerimônia de oração antes de se dirigir em direção ao centro da cidade. A segurança os impediu de acender sua tocha de protesto no interior do parque, onde repousam os restos de "Mahatma" Gandhi, mas os manifestantes conseguiram acendê-la do lado de fora. Está previsto que o protesto termine pouco antes de a tocha olímpica percorrer oficialmente Nova Délhi, aonde chegou à 1h10 (16h40 de quarta-feira de Brasília), a bordo de um avião especial procedente do Paquistão. Desde o primeiro momento foram registrados protestos de tibetanos contra a atuação da China no Tibete. As autoridades indianas asseguraram que a tocha será mantida em um local seguro e "não revelado" até o começo do revezamento, com vistas a prevenir incidentes como os que ocorreram em Paris, Londres e San Francisco. Vivem na Índia cerca de 130 mil refugiados tibetanos e seu líder espiritual, o dalai lama. Na madrugada de desta quinta-feira, aproximadamente 40 tibetanos foram detidos em Nova Délhi após um protesto contra a China na chegada da tocha.