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Tocha desfila em estádio da Indonésia apenas para convidados

Por TELLY NATHALIA E AHMAD PATHONI
Atualização:

A tocha olímpica foi apresentada em um estádio fortemente protegido em Jacarta, nesta terça-feira, após a polícia ter barrado cerca de 100 manifestantes anti-China que pretendiam atrapalhar o revezamento internacional da chama pela Indonésia. O astro do badminton do país e campeão olímpico Taufik Hidayat acendeu uma pira diante do público em festa, enquanto 2.500 policiais e 1.000 militares faziam a segurança do local. A passagem da tocha por cidades da Europa e dos Estados Unidos foi marcada por muitos protestos contra a repressão chinesa ao Tibet no mês passado. Cerca de 80 atletas, autoridades e artistas de filmes e televisão participaram do revezamento de 7 km. Mais cedo, houve um confronto entre policiais e manifestantes do lado de fora da entrada principal do Estádio Bung Karno. "Estou muito orgulhoso por participar disso. Espero conquistar a medalha de ouro, como fiz quatro anos atrás", disse Hidayat após acender a pira. O revezamento inicialmente passaria pelas largas avenidas da cidade, mas autoridades esportivas decidiram depois restringir o trajeto ao estádio Bung Karno. "Eu quero ver a passagem, mas a polícia não me deixou. Os eventos olímpicos deveriam ser para todos verem, e não exclusivos", disse Myrna Chandra, estudante de 21 anos. Cerca de 5.000 convidados e membros credenciados da imprensa foram convidados para assistir ao revezamento dentro do complexo esportivo. "Eu queria que todos vissem, mas eles (organizadores chineses) estavam muito temerosos", disse à Reuters o ministro de Esportes e Juventude indonésio, Adhyaksa Dault. "Não há nada que pudéssemos fazer porque não somos os organizadores." A China esperava que o revezamento da tocha pelo mundo fosse um símbolo de união na preparação para os Jogos de Pequim, mas a chama tornou-se um ímã para protestos anti-China. Em resposta, estudantes chineses no exterior também organizaram manifestações em defesa do país. Os manifestantes em Jacarta, da Sociedade Indonésia pelo Tibet Livre, gritavam "Tibet Livre" e seguravam cartazes com os dizeres "Olimpíada e crimes contra a humanidade não podem coexistir". A polícia prendeu um cidadão holandês que participava do protesto e não portava seu passaporte, disse uma fonte policial. Outros sete manifestantes foram detidos e depois liberados.

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