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Tocha olímpica inicia revezamento rumo à China

Cerimônia na Grécia é antecipada para evitar problemas políticos; chama vai cumprir o maior trajeto da história

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Por Jamil Chade
Atualização:

Não se sabe se por medo de protestos ou de chuva, a cerimônia de acendimento da tocha olímpica, prevista inicialmente para o meio-dia desta segunda-feira, em Olímpia, na Grécia, foi adiantada em uma hora e realizada às 11 horas - 6 horas de Brasília. A simbólica chama, acesa uma hora depois, inicia assim o maior trajeto de sua história até chegar a Pequim, sede da Olimpíada deste ano, em 8 de agosto, quando será realizada a cerimônia de abertura. Veja também: Sob protestos, tocha olímpica é acesa e segue para China  As imagens da cerimônia do início do revezamento, em Olímpia  Conflito no Tibete rouba a cena na cerimônia da tocha  Repórteres Sem Fronteiras assumem protesto na cerimônia  Olimpíada sofre, historicamente, com manifestações políticas  Especial: Olimpíada e política Conheça os locais das provas da Olimpíada de Pequim  Teste seus conhecimentos sobre a história da Olimpíada Há muito que o evento não causava tanta expectativa, já que existia um grande temor de que a festa fosse prejudicada por manifestos em defesa dos direitos humanos no Tibete. Dois homens tentaram atrapalhar, quando Liu Qi, chefe do Comitê de Organização dos Jogos Chineses (Bocog) discursava, exibindo faixas de protesto por violações de direitos humanos. Aproximadamente mil policiais foram destacados para garantir a segurança durante a passagem da tocha por Olímpia. Liu, que se manteve calmo durante o protesto, disse: "A chama olímpica vai radiar luz e felicidade, paz e amizade, e esperança e sonhos para o povo da China e de todo o mundo". O atleta grego Alexandros Nikolaidis, medalhista de prata no tae kwon do durante os Jogos de Atenas em 2004, foi o primeiro a carregar a tocha durante o revezamento que passa seis dias na Grécia antes de ser entregue aos chineses em 30 de março. "Expresso aqui a esperança de que o símbolo da tocha seja reconhecido por todos e que as circunstâncias corretas sejam criadas por onde quer que a tocha viaje, para que esse símbolo ressoe", disse o presidente do COI, Jacques Rogge. No lugar arqueológico de Olímpia, berço natal dos Jogos há 2.800 anos, 22 mulheres vestidas em túnicas brancas como sacerdotisas entraram nas ruínas do templo de Hera ao compasso dos tambores, onde a chama foi acesa com os raios do sol e a ajuda de um espelho côncavo. Desta segunda-feira até sábado, a tocha fará revezamento na Grécia. No domingo, será entregue aos chineses, que a conduzirão para Pequim. Em 1.º de abril, ela segue para Almaty, no Azerbaijão, onde começa a passagem pelos continentes. Na América do Sul, a tocha visitará apenas Buenos Aires. Será na capital argentina que o representante brasileiro, o jogador de vôlei de praia Emanuel, medalha de ouro nos Jogos de Atenas, vai conduzi-la. Ela passará por várias cidades chinesas, inclusive na região do Monte Everest, no Tibete, e o final do revezamento será no dia 8 de agosto, na abertura dos Jogos de Pequim. Para carregá-la, é preciso preencher requisitos como ter currículo de marcas extraordinárias em sua profissão ou uma história de vida inspiradora, ser dedicado a serviços comunitários e se destacar por contribuições ao movimento olímpico ou ainda por alguma realização em Olimpíadas. A tocha é feita de alumínio, pesa 985 gramas e mede 72 centímetros de comprimento. É resistente a ventos de 65 km/h e chuvas de 50 mm/h. Tem design baseado nos conceitos: 'Olimpíada verde, high-tech e do povo'. O combustível do fogo é o propano. (com EFE) Infográfico/AE

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