
27 de abril de 2016 | 16h20
Nesta quarta-feira, a exatamente 100 dias da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a tocha olímpica, que foi acesa em Olímpia na última quinta, tem seu último dia em terras gregas antes de iniciar seu caminho até o Brasil. Enquanto atravessava a cidade de Atenas, a chama passou pelas mãos de Ibrahim Al-Hussein, paratleta sírio da natação e do judô, que correu por um acampamento que abriga mais de 1.500 refugiados.
A iniciativa de passar a tocha por Ibrahim partiu do Comitê Olímpico Internacional, que busca chamar a atenção do mundo em relação à situação dos refugiados na Europa. "Eu quero mandar uma mensagem para cada um que era atleta em seu país e teve de migrar e se tornar refugiado... Não fiquem no acampamento sem fazer nada. Vão lá fora e trabalhem para realizar seus sonhos", disse o sírio, que chegou à Grécia em 2014 após um bombardeio que tirou sua perna direita.
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Acolhido no berço dos Jogos Olímpicos, Ibrahim, que tem asilo garantido na Grécia, afirma querer disputar a Paralimpíada do Rio: "Eu realmente quero chegar lá, mas com a Grécia. Eu amo a Grécia", afirma o refugiado. Desde 2015, quando o fluxo de refugiados sírios aumentou, o país europeu que mais recebeu imigrantes foi justamente a Grécia.
Para a Olimpíada do Rio, o Comitê Olímpico Internacional autorizou a criação de uma equipe apenas de refugiados, que tem mais de 10 atletas classificados que recebem os fundos necessários para o treinamento.
A tocha olímpica foi acesa em Olímpia, no sul da Grécia, na última quinta-feira e está prevista para chegar ao Brasil no dia 3 de maio. A partir daí, percorrerá todas as regiões do país até chegar à pira olímpica, no Rio de Janeiro, em 5 de agosto, que marca o início dos Jogos Olímpicos.
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