
03 de dezembro de 2020 | 09h39
O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano devido à pandemia de coronavírus, anunciou nesta quinta-feira, 3, que aceitou reembolsar os valores de 810.000 ingressos comprados para o evento, o que representa 18% do total vendido no Japão.
A possibilidade de devolver os ingressos foi aberta ao público diante do adiamento dos Jogos em um ano - agora a Olimpíada será de 23 de julho a 8 de agosto e a Paralimpíada, de 24 de agosto e 5 de setembro. Os interessados puderam se inscrever ao longo do mês de novembro e os reembolsos devem começar a ser pagos no final deste mês.
De acordo com o comitê, 4,45 milhões de entradas foram vendidas no arquipélago para os Jogos Olímpicos previstos inicialmente para o verão passado (hemisfério norte) e 810.000 pedidos de reembolso foram aceitos, o que deixa o total de ingressos ainda reservados para o evento em 3,64 milhões.
Tóquio-2020 não revelou detalhes sobre o número de ingressos vendidos no exterior, nem sobre o processo de reembolso fora do Japão. Os espectadores estrangeiros representaram de 10% a 20% do público nos Jogos precedentes. O comitê organizador indicou que pretende vender novamente os ingressos devolvidos.
Apesar das esperanças provocadas pelo anúncio da vacinação contra a covid-19 em breve, os organizadores pretendem implementar um pacote de medidas rígidas para evitar a propagação do coronavírus entre atletas, delegações e espectadores.
A capacidade das arenas é um dos pontos de constante discussão entre organizadores, Comitê Olímpico Internacional (COI) e as diferentes esferas do governo japonês, já que o distanciamento social é um dos pilares para frear a propagação do novo coronavírus. Várias pesquisas mostram que a maioria dos japoneses acredita que os Jogos deveriam ser adiados novamente ou cancelados. O país registrou um aumento no número de casos recentemente.
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