Quando falamos da transmissão televisiva dos Jogos Olímpicos, a edição Rio-2016 já é considerada, por inúmeros fatores, um marco na história do evento. Além de ser transmitida para 220 países na qualidade Full HD, a expectativa é de que a Olimpíada e Paralimpíada atinjam juntas cinco bilhões de telespectadores ao redor do mundo, sendo mais de sete mil horas de cobertura.
Os números e expectativas são da OBS (Olympic Broadcast Services), organização oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI) responsável pela entrega das imagens e áudios dos Jogos às emissoras de rádio e televisão que possuem direitos de transmissão.
“A nossa missão é dar às pessoas de todo o mundo os melhores assentos da competição. Queremos transmitir toda a emoção dos Jogos Olímpicos e fazer com que milhões de pessoas em todo o mundo participem desta grande e empolgante festa”, conta Yiannis Exarchos, presidente da OBS, ao site oficial do Rio-2016.
Desde 2008, a OBS atua como emissora-anfitriã, trabalhando em conjunto com o Comitê Organizador de cada cidade-sede para garantir infraestrutura e tecnologia necessárias para a cobertura dos Jogos. Para entregar um serviço de primeiro mundo aos telespectadores, a OBS conta com um quartel-general de primeira: o Centro Internacional de Transmissão (IBC, sigla em inglês). Com um total de 79 mil m² de área construída e capacidade para mais de 10 mil pessoas, o QG, que custou aproximadamente R$ 400 milhões, funcionará 24h no período dos Jogos e abrigará todas as emissoras de televisão do mundo.
NOVAS TECNOLOGIAS
Algumas novidades na transmissão dos Jogos Olímpicos ainda farão parte do Rio-2016. Mas, a primeira, apenas para o outro lado do mundo. A OBS irá registrar mais de 100 horas de filmagens em 8K para serem exibidos por emissoras japonesas. Esse será uma espécie de ensaio para a Olimpíada de 2020, que será realizada justamente em Tóquio, quando acreditam que essa tecnologia já será mais comum.
Estão na mira da OBS para cobertura em 8K as cerimônias de abertura e encerramento e algumas modalidades consideradas as mais importantes nos Jogos Olímpicos, como atletismo, judô, natação, futebol e basquete.
Ficou com inveja dos japoneses? Então aqui vai uma informação que vai te deixar um pouco mais tranquilo. Além do Brasil estar engatinhando na transmissão 4K, o Japão é o único lugar do planeta, até o momento, onde já existem modelos de televisão à venda que suportam essa resolução - 16 vezes mais alta que o atual Full-HD. Para 'piorar', só existe no mercado um modelo deste tipo, ele é fabricado pela Sharp, possui 85 polegadas e sai pelo preço de US$ 133 mil, ou seja, R$ 470 mil.
A segunda novidade na Olimpíada do Rio de Janeiro é a realidade virtual (VR), que ganhou destaque neste ano e promete decolar. A ideia é que, utilizando um óculos 3D, o usuário poderá assistir aos Jogos como se estivesse dentro das instalações olímpicas, nas arquibancadas ou até mesmo ao lado dos maiores atletas do mundo. Para a produção de imagens deste tipo, serão utilizadas câmeras que captam 360 graus e que já foram testadas nos Jogos de Inverno de Sochi, na Rússia.
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