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Tribunal libera sul-africano com próteses a disputar os Jogos

Oscar Pistorius precisa agora, garantir o índice classificatório para a prova dos 400 metros em Pequim 2008

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Por Redação
Atualização:

 Andrew Medichini/AP  Pistorius entra para a história do atletismo; agora, busca pelo índice SÃO PAULO - O corredor sul-africano Oscar Pistorius, que tem as pernas amputadas e disputa provas com duas próteses, ganhou nesta sexta-feira o direito de competir na Olimpíada de Pequim. A Corte Arbitral do Esporte julgou que o atleta, de 21 anos, pode lutar por uma vaga nos Jogos. Pistorius apelou à Corte depois de ter sua participação proibida pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF). A entidade afirmou que ele não poderia competir contra os demais corredores porque suas próteses dão "vantagem mecânica" nas provas.   Para basear a defesa do atleta, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, em francês) apresentou uma seção do regulamento da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, em inglês), que proibira o atleta de competir.   "O TAS considera que a IAAF não provou que os efeitos biomecânicos pelo uso destas próteses dêem uma vantagem a Oscar Pistorius diante de atletas que não as usem", comentou o tribunal.   A corte explicou que a decisão afeta apenas Pistorius e o uso de suas próteses, sem se estender a outros atletas. O tribunal também não excluiu a possibilidade de a IAAF demonstrar que a prótese em questão possa realmente dar vantagem ao atleta. Agora liberado, Pistorius tentará o índice olímpico nos 400 metros rasos. Ele é o recordista mundial paraolímpico da prova, com 46s56. Para ir a Pequim na prova individual, terá de correr em 45s55.   Mesmo que não consiga a marca, o atleta tem vaga praticamente certa nos Jogos, já que o comitê olímpico da África do Sul deve convocar ao menos seis atletas para a equipe de revezamento.   SENSAÇÃO DO ATLETISMO Oscar Pistorius nasceu com alguns ossos faltando nas pernas, abaixo dos joelhos e teve os membros amputados quando tinha um ano de idade. As lâminas de fibra de carbono que usa foram fabricadas na Islândia. Os fabricantes insistem que as lâminas são "artefatos passivos", que não respondem a comandos biológicos. Há três anos, Pistorius nunca tinha pisado em uma pista de corrida. Atualmente é uma sensação do atletismo, com recordes mundiais para-olímpicos em provas de 100 metros (10,91 segundos), 200 metros (21,58 seg) e 400 metros (46,34 seg). O recorde mundial nos 400 metros rasos, por exemplo, do americano Michael Johnson, é de 43,18 segundos.   (com agências internacionais)  

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