Um ano após lutar por sobrevivência, refugiada síria comemora ida ao Rio-2016

Yusra Mardini fez história ao nadar duas provas olímpicas pelo time de refugiados

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Por Redação
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A edição 2016 dos Jogos Olímpicos foi a primeira da história a contar com competidores considerados "sem pátria", por terem deixado seus países e serem impedidos de representá-los pelas suas federações. Uma das atletas que fazem parte desse elenco é a nadadora Yusra Mardini, de origem síria, que sofreu para fugir do confronto no seu país natal um ano atrás, e hoje comemora o fato de ter podido participar de duas provas olímpicas da natação na Olimpíada do Rio.

Em agosto de 2015, a história de Yusra foi notícia ao redor do mundo. Ela tentou realizar a travessia marítima entre a Turquia e a Grécia junto com a sua irmã a bordo de um bote que continha em torno de 30 pessoas, sendo que apenas ela e mais outras duas mulheres sabiam nadar. Em dado momento do trajeto o motor do bote quebrou, e elas tiveram que empurrá-lo a nado para completar o percurso.

Yusra Mardini competiu no time de refugiados nos Jogosdo Rio Foto: Christophe Simon/AFP

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Presente nos Jogos do Rio exatamente um ano após lutar bravamente pela sua vida e a de outras pessoas, a refugiada síria disputou as provas de 100m borboleta, quando ficou na 41ª colocação na eliminatória geral, e encerrou sua participação nos 100m livre, onde terminou apenas na 45ª posição, também sem conseguir classificação para as semifinais.

Bastante procurada pelos jornalistas após o término de sua última competição, Yusra admitiu que não teve o desempenho próximo do que esperava. "Foi estressante. Eu estava pensando muito na prova, o que me fez ir mal. Acho que pensei demais", afirmou a atleta, que não desistiu de competir em Olimpíadas e já projeta a ida ao Japão, dentro de 4 anos. "Vou continuar minha jornada e continuar nadando. Espero não só ir aos próximos Jogos como não nadar tão devagar. Quero uma medalha, então tenho muito trabalho a fazer", encerrou.

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