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Unicef não estará na passagem da tocha pela Coréia do Norte

Fundo desiste de participar da festa com medo que norte-coreanos utilizem o evento como propaganda política

Por Efe
Atualização:

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) decidiu retirar sua participação das atividades relacionadas com a passagem da tocha dos Jogos Olímpicos de Pequim pela Coréia do Norte, informou a ONU.   Veja também:  Protestos em Paris cancelam revezamento  Imagens dos problemas no revezamento em Paris  China condena ataques à tocha olímpica; COI condena atentado  Chineses censuram cobertura da tocha olímpica apagada em Paris  O trajeto completo do revezamento da tocha pelo mundo   A porta-voz das Nações Unidas, Michèle Montas, disse que o Unicef tomou tal decisão na semana passada e que havia aceitado participar anteriormente do revezamento da tocha olímpica na cidade de Pyongyang a convite do Comitê Olímpico Internacional (COI) como "uma amostra de apoio ao movimento olímpico internacional".   No entanto, o Unicef afirmou que "já não está convencida" de que sua participação no evento sirva "para chamar a atenção para a situação da infância na Coréia do Norte e em outros lugares".   Apesar disso, a agência da ONU acrescentou que "mantém seus vínculos com o COI e sua intenção de aproveitá-los para chamar a atenção sobre os problemas que as crianças enfrentam no mundo todo".   A retirada do Unicef do revezamento da tocha olímpica na Coréia do Norte foi antecipada no domingo pelo jornal inglês The Sunday Times, que citou como razão da desistência a preocupação de que o Governo da Coréia do Norte usasse o evento "como propaganda".   As agências e programas da ONU trabalham com dificuldade nesse país asiático por causa dos rigorosos controles impostos pelo Governo local, que chegaram inclusive à suspensão das atividades.   A retirada do Unicef do revezamento da tocha dos Jogos de Pequim é mais um revés na até agora complicada viagem do símbolo olímpico pelo mundo a caminho da capital chinesa, depois dos intensos protestos a favor do Tibete e dos direitos humanos na China ocorridos nas passagens da chama por Londres e Paris.