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Veteranos encaram desafio nos Jogos Olímpicos do Rio

Atletas experientes tentam se manter em alto nível ao longo dos anos

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan e Nathalia Garcia
Atualização:

País-sede, o Brasil contará com uma delegação recorde nos Jogos Olímpicos do Rio. Entre os esportistas que ocuparão as 414 vagas garantidas até o momento, diversos veteranos já asseguraram participação. O desafio é manter-se competitivo ao longo de diversos ciclos olímpicos. Robert Scheidt disputará a Olimpíada pela sexta vez na carreira em busca de sua sexta medalha - ele soma dois ouros (em Atlanta-1996 e Atenas-2004), duas pratas (em Sydney-2000 e Pequim-2008) e um bronze (Londres-2012).  Doda Miranda, bronze por equipes no hipismo em Atlanta e Sydney, encara a possibilidade de mais uma edição “com a experiência de veterano e entusiasmo de jovem cavaleiro.” O atleta não planeja parar na 6ª Olimpíada e diz ter fôlego para no mínimo Tóquio-2020. “Para o hipismo sou garoto. Cavaleiro é como vinho, mais envelhecido fica melhor. Nesse ponto meu ídolo é o cavaleiro Ian Millar, do Canadá, que aos 69 anos disputará sua 11ª Olimpíada no Rio.” Vela e hipismo estão entre as modalidades com as carreiras mais longevas. 

Aos 35 anos, Juliana Veloso disputará a 5ª Olimpíada nos saltos ornamentais Foto: Satiro Sodré|SS Press|CBDA

Aos 35 anos, Juliana Veloso disputará a 5ª Olimpíada da carreira nos saltos ornamentais. Para fazer uma boa exibição no Rio, a atleta parou de treinar no Fluminense e se “mudou” para o Maria Lenk. Formiga é outro exemplo de superação. Com cinco Jogos Olímpicos no currículo, a jogadora da seleção brasileira participou de todas as edições desde que o futebol feminino entrou para o programa. Marcus Vinícius Freire, diretor executivo de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil, designa os veteranos como “cabeças de campeão”.  Ele enfatiza que todo atleta que passa por mais de uma edição da Olimpíada aproveita melhor a experiência, está concentrado em ter bons resultados e “tende a não se encantar tanto com as distrações que a Vila Olímpica pode oferecer.” Além disso, Marcus Vinícius valoriza a troca de conhecimentos com os competidores novatos.  “Scheidt e Rodrigo, que foram porta-bandeiras em cerimônias de abertura, têm uma grande responsabilidade transferindo estas experiências para os mais jovens.” Mas o diretor do COB isenta os mais velhos de qualquer obrigação. “Dentro da Vila não passamos essa responsabilidade para o atleta que está em competição. No dia a dia, na conversa dentro do vestiário ou dentro da nossa área de convivência, são os atletas experientes que passam tranquilidade para os mais jovens.” Treinadores e ex-atletas foram “convocados” para as ações programadas pelo comitê para transmitir a vivência no esporte. “Já levamos o Emanuel para falar com os atletas do judô, o Bernardinho conversou com as meninas do handebol e o Giovane passou sua experiência na nossa primeira reunião de integração”, conta Freire.  

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