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Veto a Robinho está ligado a uma transferência, dizem fontes

Por RODRIGO VIGA GAIER
Atualização:

O veto do Real Madrid à participação de Robinho nos Jogos Olímpicos de Pequim está ligado a uma eventual transferência do atacante, segundo fontes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). "É lógico que tem a ver com a possível ida dele para outro clube", disse uma fonte nesta segunda-feira, referindo-se às conversas entre o Real e o Chelsea, da Inglaterra. O Real solicitou a liberação de Robinho alegando uma lesão no púbis. O pedido, realizado no dia do embarque da seleção para um período de preparação para os Jogos em Cingapura, irritou dirigentes da CBF. Eles atribuem o veto ao empresário do jogador, Wagner Ribeiro, e aos dirigentes do Real Madrid, que estariam mais preocupados com negociações com outras equipes. "Em breve, quando o assunto for concretizado vocês vão entender por que ele não foi liberado", afirmou uma outra fonte na CBF. Essa não é a primeira baixa na seleção que vai disputar os Jogos da China. A entidade travou uma disputa com o Milan para liberar Kaká, mas não teve sucesso. A cúpula da CBF chegou a acusar o jogador do Milan de desinteresse em defender a seleção brasileira. "O Robinho sempre foi bem tratado na CBF e, quando o Real Madrid não está nem aí para ele, nós é que o recuperamos", afirmou a primeira fonte. Para a vaga de Robinho, o técnico Dunga convocou o meia Ramires, 21, do Cruzeiro. Pelas regras da Fifa, os clubes são obrigados a ceder somente os atletas de até 23 anos para disputar os Jogos Olímpicos. No entanto, os problemas da entidade não se restringem aos "veteranos". O Werder Bremen, da Alemanha, não quer liberar o meia Diego, que está dentro do limite etário. Outros jogadores como Rafinha, do Schalke 04, também estão encontrando dificuldades para conseguir a liberação para os Jogos de Pequim. "Nós nos baseamos pelo regulamento ou seja, abaixo de 23 tinha que liberar, mas o regulamento da CBF está igual a regra de futebol: cada um tem um interpretação", declarou outra fonte na CBF. O Brasil terá dois jogadores acima da 23 anos nas Olimpíadas: Thiago Silva, do Fluminense, e Ronaldinho Gaúcho, do Milan.

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