Os boxeadores de Cuba prometeram dar a volta por cima em Londres-2012, depois de terem deixado a Olimpíada de Pequim sem nenhuma medalha de ouro pela primeira vez em 40 anos. Cuba foi obrigada se apresentar com a equipe menos experiente dos últimos anos após uma série de deserções de pugilistas no exterior. O país conseguiu quatro pratas e quatro bronzes. "Penso que fomos bem", disse o técnico Pedro Roque à Reuters, no domingo. "Este é o início da caminhada para a Olimpíada de 2012." "Tenho certeza de que ganharemos alguns ouros lá, o que colocará Cuba na posição que merece", acrescentou. "Iremos preparar estes boxeadores e alguns outros, jovens, que temos em Cuba, e definitivamente realizar uma volta por cima." Sem contar os Jogos de 1984 e de 1988, que eles boicotaram, os cubanos nunca saíram de uma Olimpíada sem ouro desde a Cidade do México-1968. Há quatro anos, em Atenas, Cuba conquistou cinco ouros, mas nenhum desses seus campeões esteve defendendo o título em Pequim, depois de quatro deserções e um aposentado. Cuba tinha suas últimas esperanças de ouro colocadas sobre Yankiel Leon (peso galo) e Carlos Banteaux (meio-médio), que lutariam no domingo, mas ambos perderam -- o primeiro, para Badar-Uugan Enkhbat, da Mongólia; o segundo, para Bakhyt Sarsekbayev, do Cazaquistão. Banteaux disse que a equipe ficou satisfeita com as medalhas conseguidas e lembrou que Cuba conseguiu, no total do boxe, mais medalhas que os outros países. "Era uma equipe completamente renovada", Banteaux disse a repórteres. "Com mais algum tempo de preparação, definitivamente estaremos bem mais fortes para a próxima Olimpíada." Leon se mostrou ainda mais confiante. "Tenho certeza de que em futuras competições seremos capazes de ganhar muitas medalhas de ouro", falou.