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Filha serve de amuleto para Charles do Bronx emendar a 7ª vitória seguida no UFC

Recordista de finalizações na história da franquia, brasileiro enfrenta o norte-americano Kevin Lee neste sábado em Brasília

Por Andreza Galdeano
Atualização:

Charles do Bronx, recordista de finalizações na história do UFC, vive o auge da sua carreira. Com seis vitórias consecutivas em seu cartel, o lutador será a atração principal do UFC Brasília, neste sábado (14), quando enfrenta o norte-americano Kevin Lee pela categoria peso-leve. Para garantir mais um triunfo e ficar próximo do desejado cinturão da organização, ele afirma ter um "amuleto da sorte": sua filha Tayla, de dois anos.

Ela, que acompanha diariamente os treinos do pai e marcou presença em outros eventos do UFC, estará presente em Brasília e deve acompanhar o público presente no Ginásio Nilson Nelson com os típicos gritos de "uh, vai morrer!". "Ela vai nos treinamentos comigo, imita os meus gestos, canta com a torcida e questiona: 'quando eu for lutar, você também vai gritar para mim?'", conta Charles em entrevista ao Estado.

Charles do Bronx enfrenta o norte-americano Kevin Lee no UFC Brasília Foto: Felipe Rau/ Estadão

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Com apenas dois anos, Tayla já simula alguns golpes no tatame e afirma que deseja ser lutadora, assim como o pai. "Quando levo os garotos para treinar eu já sofro, imagina ver a sua filha? Mas é como eu falo para a minha família, vamos esperar para ver se ela realmente vai querer. A minha mãe também não queria que eu lutasse e eu virei lutador, então deixo acontecer", explica o atleta do Guarujá, litoral de São Paulo, sem esconder que, apesar do receio, tem orgulho de ver a filha seguindo os mesmos passos.

Quando Charles não está treinando, aproveita o seu tempo livre para andar a cavalo com Tayla, esse é o passatempo preferido dos dois. "Nós gostamos das mesmas coisas. Vejo ela todos os dias. É a minha companheira", conta o lutador, que divide as suas atenções entre o trabalho e a família. "Todos os dias eu estou em São Paulo treinando no período da manhã. Depois volto para o Guarujá e faço preparação física e musculação. Quando posso descansar estou com a minha filha. É sempre bom estar com ela, me incentiva mais", complementa.

Com 13 finalizações no UFC e a sequência de seis vitórias, Charles está atraindo os holofotes e conquistando, aos poucos, os seus desejos no Ultimate. Há um ano, ele vem pedindo para encarar um lutador bem ranqueado na divisão dos leves e o presidente Dana White resolveu atender o seu pedido em Brasília. Ele está na 13ª posição da sua categoria e enfrenta Kelin Lee, o oitavo. "Chegou o meu momento", diz Charles.

"Foram seis vitórias seguidas em uma categoria muito difícil e eu comecei a falar um pouco mais, não só fazer dentro do octógono. Acredito que chegou o meu momento. Essa luta contra o Kevin Lee eu tinha pedido antes e ele não aceitou. Agora chegou a hora. É agora", afirma o brasileiro, confiante.

Charles também diz que os fãs podem "esperar uma guerra" no octógono. "Eu não vou perder essa luta. Estou treinando e me dedicando, podem ter certeza que vai ser um bom show e, quando eu ganhar, vou pedir mais três nomes", afirma ele, mantendo mistério sobre quem serão os seus próximos alvos.

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Uma possível vitória, é claro, será dedicada a sua filha. "Tenho ainda mais vontade de vencer quando ela está por perto. Eu fico contente de vê-la gritando e torcendo. Tenho certeza que vou dar mais uma alegria para ela", diz.

TRÊS PERGUNTAS PARA... 

Você diz que começou a "falar mais fora do octógono". Pretende adotar o estilo "falastrão"? Ser falastrão não é muito o meu estilo. Eu gosto de vender a luta dentro do octógono. Mas você falar, criticar, pedir lutas... É isso que o UFC quer. Acho que essa minha luta (contra o Kevin Lee) vai acontecer porque aqui em São Paulo eu pedi o Conor McGregor e chamei outros caras. Falei o que eu queria. Claro que eu nunca vou mudar o meu jeito de ser, continuar sendo humilde, mas quero falar um pouco mais.

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Como projeta o seu caminho até o cinturão caso vença em Brasília? Depois do Kevin Lee eu tenho certeza que eles vão me dar um cara bem mais ranqueado. Talvez um top-5 ou top-3 da categoria. Se eu vencer outra luta vou disputar o cinturão e em 2020 e ser campeão do UFC. Tudo está acontecendo como planejei, será uma luta no começo no ano, outra no meio e uma no final.

Para você, quem é o atual "cara do UFC"? Vou falar da categoria que eu estou. O Khabib (Nurmagomedov) é um cara que vem evoluindo cada vez mais, está invicto, eu não tenho o que falar dele. Merece todo o meu respeito. Se for para admirar alguém, eu admiro o Khabib.

Charles do Bronx enfrenta o norte-americano Kevin Lee no UFC Brasília Foto: Felipe Rau/ Estadão
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