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Quatro meses após virar mãe, Mackenzie Dern volta ao octógono do UFC 'mais madura'

Americana com nacionalidade brasileira encara Amanda Ribas no UFC Tampa

Por Andreza Galdeano
Atualização:

Apenas quatro meses após dar à luz a pequena Moa, a lutadora Mackenzie Dern retorna ao octógono neste sábado, no UFC Fight Night 161, em Tampa, nos Estados Unidos. A americana com nacionalidade brasileira encara Amanda Ribas e avisa que os fãs vão ter um encontro com a sua nova versão: uma mulher e atleta mais madura.

"Não planejei ficar grávida, mas aconteceu. E a gravidez me tornou uma mulher e uma atleta mais madura. Antigamente, as coisas me deixavam incomodada, entravam na minha cabeça. Hoje, não ligo mais. Todos os problemas e as dificuldades se tornaram pequenos. Hoje estou muito mais madura como atleta e como pessoa. E isso está sendo notório nos meus treinos", conta Mackenzie em entrevista ao Estado.

Mackenzie Dern ao lado da pequena Moa, de quatro meses Foto: Reprodução/ UFC

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Mãe de primeira viagem, Mackenzie conta com orgulho como está a sua nova rotina ao lado do namorado Wesley Santos. "Ele é um ótimo pai. Tem 24 anos, é surfista e só diversão. A Moa o vê e já começa a dar risada. Ele ajuda muito, cuida dela, leva na academia, dá todo suporte enquanto eu treino. Cada um dá o suporte para o outro. Assim como eu, ele tem um trabalho flexível que permite", explica a lutadora, que desejou retornar ao octógono antes mesmo de descobrir a gravidez.

Questionada sobre o desejo de voltar a lutar poucos meses após a gestação, Mackenzie revela que a sua vontade inicial era antes de outubro, mas não foi liberada pelo departamento médico por causa da amamentação e corte de peso. Também disseram que os seus ligamentos estavam frágeis. Foram necessárias quatro consultas com médicos diferentes para conseguir um sim.

Após a liberação a lutadora intensificou ainda mais seus treinos. Antes, ela esperou quatro semanas para voltar ao muay thai e sete para retornar ao jiu-jítsu. "Senti a diferença que a gente costuma sentir quando volta de lesão, cirurgia. Fica tudo mais lento, até o próprio raciocínio. Eu estava há dez meses parada, então senti bastante diferença. Mas como antes era fácil, não demorou a voltar", explica.

Para dividir os treinos com a maternidade, Mackenzie diz que o apoio familiar é essencial. "Se a minha família não estiver bem, meus treinos não serão bons. Então meu marido, meus técnicos, meu pai, minha sogra, todos estão ajudando muito", revela a lutadora que tem um cartel com sete vitórias no MMA - duas delas pelo UFC.

LUTA

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Depois de vencer Amanda Cooper no UFC 224, no Rio de Janeiro, em maio de 2018, Mackenzie encara Amanda Ribas com a expectativa de conseguir mais uma vitória na organização e trilhar o caminho para conquistar o tão cobiçado cinturão. E para quem pensa que ela está de olho apenas no título da categoria peso palha, está enganado. A lutadora pretende, também, assumir o topo da divisão dos moscas.

"Eu quero chegar ao cinturão, meu sonho é ter dois cinturões do UFC, dos pesos palha e mosca. Mas eu não tenho pressa, não tenho data definida. Da última vez que falei que queria lutar, fiquei grávida, então sei que tudo pode acontecer.  Mas quero vencer, subir no ranking e chegar no cinturão. Meu sonho seria ter os dois cinturões e fazer super lutas no jiu-jítsu", diz Mackenzie.

Sem dar detalhes sobre as duas próximas lutas e contrato com o UFC, Mackenzie avalia sua adversária e afirma estar preparada para vencer. "A Amanda é uma lutadora super dura e tem muito coração, pelo que já vi dela. Acho que ela vai querer lutar mesmo, trocar em pé. Nunca vi o chão dela, mas sei que é faixa preta, então boba não é e pode complicar. Acho que vai ser uma luta dura, mas vou entrar para vencer. Penso que vou ganhar porque estou muito preparada", finaliza.

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