A festa milionária do tênis nos EUA

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Por Agencia Estado
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Lá não existe o charme de Roland Garros, o tradicionalismo e a pompa de Wimbledon e muito menos a quietude e a tranqüilidade do Aberto da Austrália. Na verdade, o US Open é a mais popular festa do tênis mundial. Desde que a competição deixou a sofisticada sede em West Side Forest Hills há mais de duas décadas, os dirigentes da USTA, a toda-poderosa associação de tênis dos Estados Unidos, investiram na popularização do torneio. Em pleno bairro de Queen?s, a 40 minutos de Manhattan, os organizadores construíram um verdadeiro complexo, o Centro Nacional de Tênis, e homenagearam ídolos locais afro-americanos - primeiro, Louis Armstrong, gênio musical que deu nome ao primeiro grande estádio de Flushing Meadows; depois, Arthur Ashe, campeão do US Open em 1968, nome do maior palco do esporte da atualidade, com capacidade para 23 mil pessoas. A festa também é rica. O US Open é o recordista em premiação, com mais de US$ 17,7 milhões distribuídos entre cerca de 600 participantes. Só entrar na primeira rodada da chave principal já significa embolsar um cheque de US$ 15 mil. Se o talento permitir chegar ao título, ou seja, vencer sete jogos, o prêmio é de US$ 1,1 milhão. O torneio foi o primeiro a descartar o machismo. Homens e mulheres ganham prêmios exatamente iguais. Mesmo com a premiação milionária, o US Open é um dos mais lucrativos torneios do Grand Slam. A bilheteria ajuda, com cerca de 50 pessoas mil pessoas entrando no complexo de Flushing Meadows diariamente, por duas semanas. Mas o grande negócio vem mesmo da lista imensa de patrocinadores e do enorme interesse de grandes empresas em participar do evento. Para os jogadores, o US Open é também um grande negócio. O torneio é a maior vitrine do tênis. É lá que são fechados os melhores contratos de patrocínio e onde tudo acontece, com a maior repercussão de mídia do planeta na modalidade. Até mesmo para os juvenis, uma boa campanha pode significar a assinatura de contrato com uma grande agência promocional. Nas quadras, não falta emoção, com jogos para todos os gostos. Este ano, há uma atração extra. A atual campeã é a russa Svetlana Kuznetsova, mas quem deve mesmo fazer sucesso é outra russa, Maria Sharapova, que pela primeira vez entra num Grand Slam como cabeça-de-chave número 1, embora seu reinado como líder do ranking feminino tenha durado só uma semana - a partir de amanhã, dia de abertura do torneio, volta a ser a nº 2 da classificação, ultrapassada por Lindsay Davenport. No masculino, Roger Federer tentará manter a hegemonia para tristeza da torcida, que sonha com uma vitória de Andy Roddick sobre o número 1 do ranking mundial.

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