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ATP sofre com grave crise financeira

Abalada pela quebra da ISL, a Associação dos Tenistas Profissionais foi obrigada a apelar para demissões e prevê um orçamento "muito conservador" para 2002.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Enquanto os torneios de todo o circuito estabelecem novos recordes de prêmios, alcançando cifras verdadeiramente milionárias, como os mais de US$ 15 milhões distribuídos recentemente aos jogadores no US Open, a toda poderosa Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) chocou o mundo do tênis ao admitir a maior crise financeira de sua história, desde a criação em 1974. Sem dinheiro e poucas perspectivas, a entidade foi obrigada a apelar recentemente para demissões e antecipou que no próximo ano terá um orçamento "muito conservador". A crise financeira da ATP começou com a falência da ISL. A empresa de marketing esportivo havia assinado, no ano de 2000, um acordo de US$ 1,2 bilhão por 10 anos com a associação dos tenistas, mas jamais chegou perto de fazer os prometidos investimentos financeiros. Nem mesmo negociou a contento os nove eventos do Masters Series. O vice-presidente de comunicações da ATP, Graeme Agars, revelou que a associação está passando por muitas dificuldades e prevê um orçamento de apenas US$ 50 milhões para o próximo ano, quando normalmente esta soma deveria alcançar US$ 150 milhões. Apesar desta crise, a ATP afirma ter muitas esperanças de que a premiação dos nove Masters Series - ?a menina dos olhos? da associação - vai manter a premiação de US$ 2,9 milhões aos jogadores. E já colocou nas mãos da TWI e da IMG, em Londres, os direitos de comercialização das transmissões por tevê, numa tentativa de amenizar a atual situação. Com a demissão de pessoal importante no departamento de comunicações da ATP, os torneios poderão sofrer com maiores dificuldades para divulgação de seus eventos e, conseqüentemente, não alcançando os objetivos dos patrocinadores. "Não há dúvidas de que a situação está difícil", admitiu Graeme Agars. "E não vai ser fácil para ninguém no próximo ano."

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