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Barty vence Collins, conquista Aberto da Austrália e encerra jejum de 44 anos

Tenista australiana, número 1 do mundo, chega ao terceiro título de Grand Slam na carreira

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Por Redação
Atualização:

O Aberto da Austrália voltou a ser vencido por uma tenista da casa após 44 anos de jejum. Número 1 do mundo, a australiana Ashleigh Barty quebrou o tabu neste sábado, em Melbourne, ao garantir o título do torneio com uma vitória por 2 sets a 0 sobre a norte-americana Danielle Collins, em uma partida que durou 1h29min e teve parciais de 6/3 e 7/6 (7/2).

Barty já havia animado bastante seus compatriotas apenas por ter alcançado a final, uma vez que o país oceânico não colocava uma tenista na decisão do Aberto desde 1980, quando Wendy Turnbull foi superada pela checa Hana Mandlikova. Com a vitória na final deste fim de semana, veio também o encerramento do jejum de títulos das anfitriãs.

Ashleigh Barty conquistou o Aberto da Austrália ao vencer, na final, anorte-americana Danielle Collins por 2 sets a 0. Foto: Elliott Loren / Reuters

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"Eu acho que, como australiana, a parte mais importante deste torneio é ser capaz de compartilhar isso com tanta gente. Vocês da torcida foram simplesmente excepcionais. É um sonho se tornando realidade para mim e eu me sinto muito orgulhosa de ser australiana. Vejo vocês na próxima, pessoal", disse a atleta de 25 anos ao fim da partida.

Até então, a última australiana vencedora do torneio era Chris O’Neil, campeã da edição de 1978. Outras três australianas já venceram torneio na chamada Era Aberta do tênis, com quatro títulos de Margaret Court, três de Evonne Goolagong e um de Kerry Melville Reid.

Invicta na temporada 2022, com dez vitórias no ano, Barty comemora o terceiro título de Grand Slam da carreira. Antes da vitória em casa, a número 1 do mundo levantou a taça do saibro de Roland Garros, em 2019, e foi campeã na grama de Wimbledon, em 2021. No total, ela tem 14 taças de torneios do circuito profissional.

O simbólico título do Aberto da Austrália foi conquistado diante de uma dedicada Danielle Collins, 30ª colocada do ranking e estreante em uma final de Grand Slam. A norte-americana conseguiu fazer um jogo equilibrado no início do primeiro set, quando ambas demonstravam certa tensão em quadra.

Barty chegou a ter o serviço ameaçado no quinto game, mas conseguiu salvar e demonstrou mais confiança na sequência, crescendo na disputa. Com um pequeno domínio, a australiana de 25 anos abriu vantagem e administrou bem a situação para fechar a parcial com vitória.

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No segundo set, o cenário mudou e o domínio ficou nas mãos de Collins, que chegou a abrir vantagem de 5 a 1, com direito a duas quebras sofridas por Barty. O cenário desfavorável não intimidou a número 1 e logo ela devolveu as quebras, conseguindo levar decisão ao tie-break. Então, o apoio da torcida e saques certeiros pavimentaram o caminho da vitória e garantiram a conquista em solo australiano.

Apesar da frustração pela derrota, Collinsxaltou o grande desempenho e o momento vivido pela algoz. "Tem sido incrível ver ela (Barty) escalar o ranking até atingir o número 1, vivendo o seu sonho. Eu realmente te admiro pela jogadora que você é, pela variedade do seu jogo. Espero que eu possa implementar um pouco disso no meu também", afirmou a norte-americana em seu discurso de vice-campeã.

O respeito demonstrado pela adversária é uma consequência da bela trajetória que vem sendo traçada por Ashleigh Barty nos últimos anos. "Começamos desde o início, a segunda parte de nossa carreira, fizemos tudo juntos, ninguém mudou, foi incrível. Eu amo vocês até a morte, vocês são absolutamente os melhores da área e eu não tenho como agradecer o suficiente pelo tempo e amor que depositaram em mim", agradeceu.

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