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Brasil pode ter ano histórico na Davis

Com a oportunidade de fazer as partidas em casa e ao nível do mar, as chances brasileiras crescem muito e anima os tenistas e a comissão técnica.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Com o bom começo, na vitória sobre o Marrocos por 4 a 1, o Brasil dá início a um ano que pode ser o melhor de sua história na Copa Davis. Pela primeira vez terá a oportunidade de fazer todos os confrontos em casa, o que é um passo muito grande para conseguir bons resultados e, talvez até, comemorar um título da mais fascinante e emocionante competição por equipes do tênis mundial. O placar de 4 a 1 na vitória sobre o Marrocos definiu-se, neste domingo, no Clube Marapendi, no Rio, com Gustavo Kuerten marcando 6/2 e 6/2 em Mounir El Aarej - jogador reserva número 341 do ranking - e depois Karim Alami marcou o ponto marroquino ao vencer Alexandre Simoni por 6/4, 0/6 e 6/3. O próximo desafio do Brasil será diante da Austrália, nos dias 6, 7 e 8 de abril, muito provavelmente em Florianópolis. Com o mando do jogo, a equipe da casa tem o direito de escolher o piso mais conveniente, o local e as condições mais favoráveis de jogo. Assim, os brasileiros já definiram que para tentar superar os australianos voltarão a jogar em quadra de saibro, ao nível do mar, características que deixam o jogo bem lento, como é da preferência de Guga e Fernando Meligeni, os titulares das partidas de simples. O time australiano prefere quadras rápidas, como a grama em que enfrentou o Brasil nas semifinais do ano passado, em Brisbane. Mas tanto Patrick Rafter como Lleyton Hewitt, os prováveis titulares, também se adaptam às quadras de saibro, o que deve impor bastante equilíbrio neste próximo confornto. Se o Brasil passar pela Austrália, teria pela frente nas semifinais Suécia ou Rússia. Neste dois casos, ganharia novamente o mando de jogo. E mesmo diante de equipes fortes, com jogadores que sabem jogar bem em pisos lentos, como o saibro, a equipe brasileira teria a seu lado o fator torcida para empurrar seus tenistas à vitória. As chances de o Brasil ainda jogar a final em casa existem. Basta que seus adversários não sejam Alemanha, França, Suíça ou a Holanda, a equipe brasileira teria de jogar fora, o que diminui bastante as chances de conquista de título. Nem o técnico, nem os jogadores da equipe brasileira gostam de fazer projeções, ou comentar a possibilidade de o Brasil ter uma campanha histórica em 2001. Mas, o próprio Guga admitiu. "O Brasil jogando em casa e no saibro é quase imbatível." O técnico Ricardo Acioly prefere ver primeiro as chances do Brasil com a Austrália. "É uma equipe muito forte e que temos de ter muito respeito", afirmou Acioly. "Como o Guga falou, jogar em casa é uma grande vantagem, estamos com novas opções, mas o importante é que estamos nas quartas-de-final e acho muito cedo para criar expectativas."

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