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Calgary é a arma do Canadá na Davis

Por Agencia Estado
Atualização:

O sorteio marcado para as 15h30 desta quinta-feira, no horário de Brasília, define os jogos do confronto entre Brasil e Canadá pela repescagem do Grupo Mundial da Copa Davis. Com o anúncios dos titulares e a ordem das partidas, pelo menos um dos recursos deixará de ser usado: o do mistério. Mas a equipe canadense tem muitos outros e armou uma verdadeira armadilha em Calgary para surpreender um time muito mais bem classificado no ranking, como o do Brasil. O frio e a neve são recursos naturais do Canadá, que sempre irritam e perturbam os brasileiros, acostumados ao calor. Mas o que ninguém contava era com a altitude de Calgary. Uma surpresa especialmente armada pelo capitão canadense Grant Connell. "Quando jogamos no Rio, encontramos um lugar úmido, muito quente, algum chuvisco e tudo mais que deixou a quadra muito lenta", lembrou Connell. "Agora será exatamente o oposto. A altitude faz o jogo ficar mais rápido e a quadra, com tudo mais que a envolve, vai fazer as coisas se tornarem iguais, apesar de, no papel, o Brasil ser o favorito." Na mesma Calgary, o Canadá ganhou os últimos dez jogos que fez pela Copa Davis, marcando 5 a 0 tanto na equipe do Peru como na do Chile. Por isso, o principal jogador canadense, Daniel Nestor, um especialista em duplas - mas que poderá entrar nas simples - confessou-se otimista. "Esta é a nossa maior chance de voltar ao Grupo Mundial desde 1992", afirmou o tenista, que foi semifinalista em duplas do US Open deste ano e é dono de cinco títulos da modalidade na temporada. O clima de otimismo canadense não tira, porém, o respeito pelos jogadores brasileiros. Gustavo Kuerten foi recebido como um grande astro. "Um ícone comparável a Ronaldo", destacou a imprensa local. "Um ex-número 1 tão famoso no Brasil como Ronaldo, Ayrton Senna e o vôlei de praia", escreveu um jornal de Calgary. Até mesmo o número 1 canadense, Simon Larose, que está na 202ª posição do ranking mundial, não se cansa de elogiar Guga, quem derrotou no Masters Series de Montreal deste ano. "Embora não seja mais o número 1 do mundo, ele é ainda um dos melhores do tênis, não importa a superfície da quadra", disse. Mas o técnico do time canadense, o ex-jogador Martin Laurendau, vê boas possibilidades. "O Guga, depois da cirurgia no quadril, tornou-se um jogador vulnerável", afirmou. Adaptação - Para o técnico e capitão brasileiro, Ricardo Acioly, a situação dos tenistas do País já começou a melhorar depois de alguns dias de treinos. "Todos estão melhor adaptados e bem mais soltos", revelou. Ele viu também o treino dos canadenses e conformou-se: "Com certeza não haverá muitas trocas de bolas". No sorteio desta quinta-feira serão definidos os adversários de simples da primeira rodada da sexta-feira, além dos titulares de duplas, que acontece no sábado, e as partidas de simples de domingo. Mas, seguindo a nova regra da Davis, os jogadores das duplas e das simples de domingo podem ser alterados até uma hora antes do início das partidas.

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