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Cargo de técnico da Davis é rentável

Por Agencia Estado
Atualização:

O cargo de técnico da Copa Davis abre um leque de negociações, como admite o presidente da CBT, Nelson Nastas. Além dos prêmios distribuidos pela Federação Internacional de Tênis (ITF), a equipe ganha ainda comissão em acordos com patrocinadores. "É lógico que há um interesse financeiro", disse o dirigente. "O Oncins vai ter sua participação em tudo." Num confronto de segunda divisão, o prêmio para a equipe é de US$ 30 mil - contra US$ 120 mil do Grupo Mundial - com 20% de tudo indo para o bolso do treinador, ou seja, cerca de US$ 6 mil, só para se enfrentar o Paraguai. "A Octagon Koch Tavares, que vai organizar o confronto contra o Paraguai, está autorizada a negociar o patrocínio da equipe e existe uma comissão para todos os integrantes, inclusive o Oncins." Como admite a CBT, o sonho de Jaime Oncins em comandar a Copa Davis está também ligado a seu atual momento, buscando novas oportunidades, pois vem treinando apenas André Sá, jogador em fase difícil e, portanto, não ganhando muitos prêmios em dólares. Nastas sabe, porém, que os negócios agora estarão ainda mais difíceis, em razão deste clima de incertezas. Afinal, como um torcedor poderia arriscar-se a comprar um pacote para a Costa do Sauípe, com hotel, passagens e ingressos, sem ter a certeza de que poderia ver em quadra os melhores tenistas brasileiros? Além disso, reconhece que também patrocinadores estarão com um pé atrás diante desta situação. Como se não bastasse, o grupo de oposição à CBT, com federações como a de Santa Catarina e Alagoas, entrou na justiça questionando a legalidade de a entidade ter assinado acordo para levar o confronto com o Paraguai para a Bahia, sem ter realizado concorrência com outros Estados interessados. O grupo oposicionista contesta ainda o fato de Nastas ter fechado um acordo, sem ainda ter aprovada as contas da entidade referente ao ano de 2003.

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