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Com Teliana no Top 100, Dadá Vieira exalta evolução do tênis feminino

'Nesses últimos 20 anos, nunca esteve tão bem quanto agora. Resta torcer', afirma a veterana

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Por Nathalia Garcia
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SÃO PAULO - Qualquer que seja o resultado da estreia de Teliana Pereira no Aberto da Austrália na madrugada de terça-feira (horário de Brasília), contra a russa Anastasia Pavlyuchenkova, já será histórico. O Brasil não conta com uma tenista na chave principal de um Grand Slam desde 1993, quando Andrea Vieira avançou no qualificatório e atuou no US Open. E esse momento do País é visto com entusiasmo pela ex-tenista. "Eu fico muito feliz. Nesses últimos 20 anos, (o tênis brasileiro feminino) nunca esteve tão bem quanto agora. Resta torcer para tudo dar certo." Experiente, Dadá classifica o caminho da pernambucana radicada em Curitiba até agora como "perfeito". E projeta que a tenista de 25 anos precisará superar rivais mais bem colocadas que ela no ranking da WTA para evoluir. Dessa forma, aconselha a pupila a não desistir. "A única coisa que eu tenho a dizer para ajudá-la é seguir em frente de cabeça erguida porque os torneios vão ser agora mais difíceis do que ela está acostumada", receita.Em 2013, a veterana de 42 anos colaborou com o treinamento da equipe brasileira - formada por Teliana Pereira, Paula Gonçalves, Laura Pigossi e Bia Haddad - que atuou na Fed Cup. E ela não poupa elogios às meninas ao cravar que foi o melhor grupo com que teve contato. Para Dadá, a ascensão de Teliana, que aparece na 97.ª posição da lista da WTA, é fundamental para o fortalecimento do esporte e para evolução das novas gerações. "Isso ajuda as (tenistas) que estão vindo a acreditarem que podem também. Quando não tem ninguém entre as cem (melhores no ranking), as meninas jogam sem um espelho, sem alguém para acreditar. Então, eu acho muito importante que ela (Teliana) tenha entrado entre as cem", afirma.Depois de 16 anos trabalhando no Tênis Clube Paulista, Vieira está em busca de novos projetos. Mas ela tem uma certeza: o tênis ainda é sua paixão. "É totalmente a minha vida e acho que vai ser para sempre. Tenho grande prazer de trabalhar com tênis e de poder passar um pouco da experiência que tive. Por isso, passo os próximos 15 dias ligados no Aberto da Austrália acordada a madrugada (risos)", exalta.

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