
28 de junho de 2015 | 14h49
A comunicação entre os jogadores e aqueles presentes em suas áreas reservadas na arquibancada, que no caso do tenista britânico Andy Murray está sempre lotada, proporciona um espetáculo à parte.
Mas com todas as formas de contato com os técnicos proibidas durante partidas de grand slam, pode ser tênue a diferença entre torcer e passar mensagens táticas cifradas.
O atual campeão Novak Djokovic, que tem o ex-campeão Boris Becker como seu principal treinador ao lado de Marian Vajda, foi questionado em sua entrevista pré-torneio, neste domingo, se Becker havia ultrapassado a fronteira do que seria aceitável, numa insinuação de que instruções teriam sido transmitidas.
“Não acho que estejamos roubando”, disse o jogador de 28 anos, que tem trabalhado com o ex-tenista alemão desde 2013.
“Não acho que se possa chamar assim. Quer dizer, há modos particulares de, eu diria, comunicação”, acrescentou.
“Como (Boris) mencionou, a forma como você olha um para outro, a forma como sente sua área reservada e os que estão ali sentem pelo que você está passando em quadra. Acho que é algo que apenas dá tranquilidade, dá confiança.”
"Não é necessário que ele me diga onde sacar ou em qual lado da quadra do adversário eu devo jogar, porque isso não acontece", completou.
(Por Martyn Herman)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.