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Confusão na torcida parou jogo

Por Agencia Estado
Atualização:

Um tumulto na torcida parou por vários minutos a partida entre Fernando Meligeni e o australiano Lleyton Hewitt, nesta sexta-feira na arena de tênis na Avenida Beira Mar Norte, em Florianópolis. Tudo teve início quando Meligeni sacava em 15/40 no primeiro game e errou uma bola. O torcedor Ismail Ahmad soltou um palavrão contra o brasileiro e outros torcedores não gostaram. Antônio Carlos da Silva, chefe da segurança, foi conversar com Ismail. O torcedor parou por alguns minutos, mas logo recomeçou sua algazarra. O segurança Leonardo Agenor da Silva foi tentar retirá-lo. Não estava conseguindo, teve de chamar reforço e acabou levando um murro na cara. No meio da confusão, o presidente da Federação Catarinense de Tênis, Jorge Rosa, pedia: "prende, leva eles daqui". O medo de Rosa faz sentido. Em caso de tumulto durante uma partida da Copa Davis, o país pode ser punido com perda de pontos na partida - ou até mais grave, como o banimento, por alguns anos. Os australianos chegaram ao País preocupados com a torcida. A cidade se empenhou para organizar os jogos e tem um projeto para construir um centro de excelência em Esportes. O ministro Carlos Melles foi assistir aos jogos. As partidas são transmitidas para o mundo inteiro. A briga terminou com dois torcedores detidos e o segurança Leonardo com o nariz sangrando. E todos na delegacia. Os torcedores faziam parte de um grupo que saiu de Criciúma para torcer em Florianópolis e gastou R$ 230 cada um, segundo um amigo deles, Guilherme Burigo. Segundo a polícia, todos estariam alcoolizados. Leonardo Agenor da Silva, um dos 100 seguranças contratados por R$ 30 a diária, levou a pior. Foi atingido com um murro no nariz pelo menor J.C.T.F., de 17 anos, quando tentava tirar seu amigo Ismail Ahmad das arquibancadas a mando do juiz de cadeira. Os dois torcedores não devem sofrer maiores conseqüências além de perder o jogo. Segundo o delegado Marcio Fortkamp, da delegacia provisória montada do lado das quadras, os agressores devem ser enquadrados por agressão de natureza leve. Bastará depois comparecer a uma audiência em um tribunal, mas não devem permanecer presos. A não ser que fique constatado que o maior serviu bebida alcoólica ao amigo menor de idade - o que o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe.

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