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Decisão de Nastás não cessa crise no tênis

A antecipação das eleições para a presidência da CBT por Nelson Nastás ainda não põe fim à crise da equipe brasileira na Copa Davis.

Por Agencia Estado
Atualização:

Em mais uma tentativa de acabar com o boicote dos jogadores à Copa Davis, o presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Nelson Nastás, tomou a decisão de deixar a presidência da entidade em maio. Não se trata porém de uma renúncia. Afinal, em edital de convocação vai realizar eleições no dia 15 de maio, com o compromisso de não concorrer à reeleição, mas pode eleger um sucessor, mesmo que não seja de forma aberta. A decisão de Nastás em deixar a presidência em maio não põe fim à crise da Copa Davis. O dirigente em um comunicado oficial diz "A CBT na pessoa de seu presidente eleito democraticamente pelas federações estaduais, espera que os jogadores, em especial Gustavo Kuerten e o técnico Larri Passos, repensem sua posição de não participar do confronto contra o Paraguai pela Copa Davis, de 9 a 11 de abril, na Costa do Sauípe, uma vez que as exigências foram atendidas." Nem assim, o impasse parece ter chegado ao fim. Afinal, o descontentamento de Guga em apelar ao boicote estava na presença de Nastás no comando do tênis brasileiro e que não jogaria, enquanto fosse o presidente da CBT. Mas para contornar esta situação, de ainda estar à frente da entidade, o dirigente revelou que "dará total autonomia aos jogadores para a escolha da nova comissão técnica da Davis". O presidente da CBT afirma ainda que tomou esta decisão para não querer ficar marcado como responsável pelo boicote dos jogadores na Davis. Revela ainda que a convocação de eleições para maio veio por razões pessoais e atendendo ao pedido das federações da Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo e Sergipe. Retorno - E enquanto os jogadores não se manifestam sobre uma possível decisão de retornar à Davis, a oposição esperneia e mostra-se irredutível na busca de uma renúncia imediata. Em comunicado, o grupo liderado pela Federação Catarinense, de Jorge Lacerda Rosa, afirma que o preço de uma saída de Nastás seria a aprovação das contas da entidade de 1999 a 2004 no "escuro". Rosa diz que os opositores não aceitarão uma renúncia em troca de uma "anistia." Com mais essa, a atual crise do tênis transformou-se numa verdadeira novela iniciada com a troca de treinador. Só que ainda não chegou e nem parece estar perto do último capítulo, já que a decisão final estaria com os jogadores. E apesar de tantas negociações e briga pelo poder do tênis brasileiro a única coisa que restou foi uma promessa de Nastás deixar o cargo em maio, ou seja, depois da realização da Copa Davis. "Jamais" - O presidente da CBT nega que tenha feito qualquer proposta ao grupo de oposição pedindo aprovação de contas de 1999 a 2004, em troca de sua renúncia. "Jamais cheguei a propor um acordo destes, mesmo porque nunca pensei em renunciar", afirmou o dirigente. "Aceitei sim a criação de uma comissão formada por cinco presidentes de federações - três indicados pela oposição - para administrar a confederação até as eleições em 15 de maio, mas esta proposta foi rejeitada pela oposição." Nastás confirma que convocou eleições para o dia 15 de maio e que não concorrerá a reeleição e nem vai interferir mais na indicação do novo técnico da Davis, deixando isso a cargo dos próprios jogadores.

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