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Em decisão inusitada, Cilic e Nishikori buscam a glória no US Open

Pela primeira vez desde 2005, uma final de Grand Slam não contará com a presença de Federer, Nadal, Djokovic ou Murray

Por Diogo Coelho
Atualização:

Desde a final do Aberto da Austrália de 2005 entre Marat Safin e Lleyton Hewitt, os torcedores do tênis se acostumaram a ver pelo menos Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic ou Andy Murray nas 38 decisões de Grand Slam que viriam pela frente. No entanto, o jogo entre Kei Nishikori e Marin Cilic, que valerá a taça do US Open nesta segunda-feira, não só põe fim a esta sequência do chamado "Big Four" como também é a primeira vez que uma decisão de Grand Slam não reúne um top 10 - a última vez que isto aconteceu foi em 2002, quando Albert Costa, então número 22 do mundo, bateu Juan Carlos, 11.º colocado do ranking da ATP, na final de Roland Garros. Apesar de ambos já terem integrado o rol dos 10 melhores tenistas do mundo, Nishikori entrou no US Open como 11.º colocado, ao passo que Cilic ocupa a 16.ª posição.

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Aluno da conceituada academia de Nick Bollettieri e cotado para ser uma das estrelas do circuito do tênis há anos, Nishikori coroa a sua melhor temporada com a final do US Open, colocando seu físico à prova ao bater dois top 10 (Milos Raonic e Stan Wawrinka) em duas batalhas de cinco sets, além do líder Novak Djokovic no último jogo. Até o momento, o tenista japonês, primeiro asiático em uma final de Grand Slam na história, soma dois títulos (ATP 250 de Memphis e ATP 500 de Barcelona), além de bons resultados como a semifinal do Masters 1.000 de Miami e a final do Masters 1.000 de Madri, onde esteve muito próximo da vitória sobre Rafael Nadal.

Do outro lado, uma vitória significará a redenção de Marin Cilic, que cumpriu uma suspensão de quatro meses em 2013 após testar positivo para a o estimulante niquetamida. Número 37 no início do ano, o croata subiu rapidamente no ranking com os títulos dos ATP 250 de Delray Beach e Zagreb, além da final do ATP 500 de Roterdã e as quartas de final de Wimbledon, onde chegou a ter 2 sets a 1 contra Novak Djokovic. 

Pior rankeado a chegar na final do US Open desde Pete Sampras em 2002 (era o 17.º colocado quando venceu Andre Agassi na decisão), Cilic passou por uma batalha de cinco sets contra Gilles Simon antes de superar o checo Tomas Berdych e o suíço Roger Federer em uma atuação impecável. Um fato curioso é que o triunfo do seu compatriota e agora treinador Goran Ivanisevic no Torneio de Wimbledon em 2001 foi o último de um croata em Grand Slams.

Além do prêmio de US$ 3 milhões ao vencedor, uma vitória significa subir algumas posições no ranking. Para Nishikori, o resultado já garante o oitavo lugar, sua melhor posição na lista da ATP, mas um triunfo no estádio Arthur Ashe o elevará ao quinto posto. Já Cilic pode voltar à nona posição, repetindo a melhor de sua carreira, obtida em 2010, e entrar definitivamente na briga por uma vaga no ATP Finals, competição realizada no final do ano que reúne os oito melhores tenistas da temporada. 

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