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Em jogo duro, Henin passa à semifinal na Austrália

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Por JULIAN LINDEN
Atualização:

O conto de fadas continua para Justine Henin. Passando à semifinal do Aberto da Austrália, o sonho da belga de conquistar o título está agora mais perto de se tornar real. O mesmo vale para Zheng Jie, primeira chinesa a passar à penúltima fase na Austrália, e para o croata Marin Cilic, que demonstrou grande força de vontade ao bater Andy Roddick em cinco exaustivos sets na terça-feira. Henin garantiu vaga entre as quatro melhores com uma vitória por 7-6 e 7-5 sobre a russa Nadia Petrova, na Rod Laver Arena. Como o placar sugere, foi uma partida dura, mas Henin continua sendo uma especialista em achar a vitória em jogos apertados. A ex-número 1 do mundo disputa apenas o seu segundo torneio desde que abandonou a aposentadoria, e a vitória significa mais um triunfo para a sua dourada geração. Já sua próxima adversária representa as mudanças pelas quais o tênis feminino passa. Zheng derrotou a russa Maria Kirilenko por 6-1 e 6-3, e pode agora levar um título individual do Grand Slam para a China pela primeira vez. Não seria a primeira conquista histórica dela, que há quatro anos venceu o torneio de duplas femininas na Austrália, na companhia de Yan Zi. Em 2008, ela se tornou a primeira chinesa em uma semifinal de Grand Slam, em Wimbledon, num torneio em que chegou como convidada da organização. "Eu me senti um pouco mais calma do que na última vez que cheguei à semifinal", disse Zheng. "Agora, sinto que qualquer uma que chega entre as quatro tem chance de vencer." Desta vez, Zheng não precisou de convite, mas seu ranking - 35o - não lhe garantia como cabeça de chave, e suas primeiras partida não prenunciavam a grande campanha que faria. Nos três primeiros jogos, sempre perdeu o primeiro set, inclusive com um 0-6 na estreia frente à compatriota Peng Shuai. Mas gradualmente ela foi ganhando confiança, e na terça-feira não teve dificuldades para bater Kirilenko, estreante em quartas-de-final de Grand Slams, e recuperando-se de uma lesão na perna. A chinesa atormentou a rival com seus violentos golpes de fundo de quadra e com sua velocidade em quadra. Na quarta-feira, outra chinesa, Li Na, disputa uma vaga nas semifinais, contra Venus Williams. Uma vitória dela abre a possibilidade, até há pouco impensável, de uma final totalmente chinesa no torneio feminino. Já Henin precisou de um convite da organização da Austrália para disputar o torneio, em que pode repetir o feito da compatriota Kim Clijsters, campeã do Aberto dos EUA em 2009 logo após voltar de um período de afastamento - algo que aparentemente estava longe das suas ambições imediatas. "Eu estava curiosa com o que iria acontecer", disse Henin. "Sabia que seria duro. Cada partida era um objetivo. Nunca achei que estaria nas semifinais. Agora posso sonhar em estar na final deste Grand Slam, é claro, mas ainda falta muito."

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