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Emilio Sanchez planeja mudanças para o tênis brasileiro

Novo coordenador técnico da CBT não especifica pontos a serem alterados, mas fala em união pelo esporte

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Por Redação
Atualização:

Nas raras vezes em que veio ao Brasil, desde sua apresentação como novo coordenador técnico da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), em todas elas, o espanhol Emilio Sanchez fez questão de pregar sua campanha pela reformulação do esporte no País. Dessa vez, durante o lançamento do Grand Champions, não foi diferente.

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O próprio Sanchez não sabe ao certo quais os pontos concretos a serem alterados para fazer com que nomes nacionais voltem a figurar entre os primeiros do ranking, mas, com sua experiência de ex-tenista profissional, sabe que o caminho até lá é complicado e, inevitavelmente, precisa de acertos.

 

Sanchez assumiu o posto em fevereiro deste ano com a promessa de alcançar a excelência em todas as esferas do tênis, de forma que as categorias tenham um respaldo da Confederação. O projeto, como ele próprio gosta de lembrar, é lento, cruel e deve ser tratado com cuidado.

 

"O profissionalismo é uma seleção natural muito forte. O Brasil tem um jogador entre os melhores do mundo e outros cinco ou seis entre os 200. Ou seja, de nada adianta", afirmou.

 

Capitão da Espanha na vitoriosa campanha da Copa Davis em 2008, Sanchez é constantemente questionado sobre sua motivação de vir coordenar um país que está longe de seus melhores dias no tênis. Quanto a isso, este espanhol, de 43 anos, que chegou a ser o sétimo do ranking, é enfático ao apontar as qualidades e possibilidades de conquistas para o Brasil.

 

"O crescimento de um jogador é muito lento e percebo que tenho condições de ajudar neste processo", afirmou. "Aqui tem potencial, tem gente que trabalha bastante. O maior desafio é unir todos, criar escolinhas, mudar a mentalidade dos clubes, fazer com que as federações locais tenham a mesma vontade da nacional", resumiu.

 

E o discurso de Sanchez vai de acordo com o do presidente da CBT, Jorge Lacerda. O dirigente chega a lembrar o trabalho feito pela ginástica olímpica para atingir o alto-nível de competição dos últimos anos. "Este é o momento de encontrarmos esforços. Com a vinda do Emilio, esperamos unir esforços. É o mesmo caso da ginástica, quando trouxeram o ucraniano Oleg [Ostapenko para treinar a seleção, em 2001], deram um salto extraordinário", disse.

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FATOR GUGA

Sanchez não se cansa de dizer que o Brasil precisa de novos ídolos no tênis, que não só sirvam de espelhos da juventude nas quadras, como também, pessoas que ajudem a crescer o esporte, tenham carisma e possam gerenciar possíveis conflitos. À primeira vista, o nome de Gustavo Kuerten, o Guga, seria o ideal, mas, por ora, o novo coordenador técnico não pretende utilizá-lo.

 

"Chegar a ser um Guga é o mais difícil para um tenista profissional", afirmou. Ele foi incrível, foi muito bom para o tênis, inclusive comercialmente. Mas tem pouco tempo que ele deixou o circuito. Não é o momento", completou.