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Idealizado por Lemann, Instituto Tênis se funde à Tennis Route e amplia atuação

Surge o Instituto Rede Tênis Brasil, que não terá fins lucrativos, para desenvolver ainda mais o esporte

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O tênis brasileiro vai ganhar uma nova e reforçada entidade a partir desta quarta-feira. Idealizado pelo empresário Jorge Paulo Lemann, o Instituto Tênis vai se fundir à Tennis Route, principal academia de tênis de alto rendimento do País nos últimos anos. A nova entidade se chamará Instituto Rede Tênis Brasil e não terá fins lucrativos.

A fusão começou a ser negociada no fim de 2018 e ganhou velocidade nos meses de quarentena para ser lançado nesta quarta, em evento online que contará com o próprio Lemann, segundo homem mais rico do Brasil, e personalidades do esporte, como José Roberto Guimarães, Hortência e Lars Grael.

Empresário Jorge Paulo Lemann foi o fundador do Instituto Tênis, que agora vai se unir à Tennis Route Foto: Valéria Gonçalvez/Estadão

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A nova entidade vai reunir o trabalho social do Instituto Tênis, fundado em Barueri em 2002, e a especialidade técnica da Tennis Route, que já foi a casa dos números 1 do Brasil, Thiago Monteiro e Beatriz Haddad Maia. Thomaz Bellucci também já treinou no local, no Rio de Janeiro. Hoje a Tennis Route é a base do duplista Marcelo Demoliner e do jovem Thiago Wild.

A parte técnica da nova entidade será encabeçada por João Zwetsch, um dos sócios da Tennis Route e ex-capitão do Brasil na Copa Davis. Ele terá por missão liderar o aspecto técnico dentro de quadra e também ficar de olho em novos talentos.

Isso porque o Instituto Tênis vai manter sua busca por novos tenistas profissionais, além de atuar na área de educação. Quando fundado, por Lemann e Nelson Aerts, ambos empresários e ex-tenistas, a proposta era ambiciosa: revelar um futuro número 1 do mundo.

A meta foi ajustada na nova entidade. "Comprometer-se a ter um número 1 é muito complexo. Vamos focar mais na base de praticantes. Fornecendo base técnica, metodologia, construção multidisciplinar, naturalmente vamos descobrir novos talentos. É um trabalho de base", explica ao Estadão Raphael Barone, diretor executivo do Instituto Rede Tênis Brasil.

O maior objetivo da nova entidade é massificar a modalidade. "Queremos levar o tênis para cada vez mais lugares do Brasil, focando em escolas públicas. Queremos desconstruir a imagem de que o tênis é inacessível. Vamos apresentar o esporte às crianças e usar o esporte como ferramenta de transformação. Queremos focar na educação e também queremos dar oportunidade para quem se destaca, mas sabemos que isso será a exceção", comenta.

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O Instituto Rede Tênis Brasil já nascerá grande. Vai juntar os núcleos do Instituto Tênis em Brasília, Recife e Porto Alegre com a boa presença da Tennis Route no Rio. Com base em Lei de Incentivo, a nova entidade quer levar seus projetos também para Belo Horizonte, Curitiba, Vila Velha-ES, Natal e Belém.

Já pra 2021, a meta é dobrar o número de crianças atendidas pelo Instituto Tênis, passando de 10 mil por ano para 20 mil. A longo prazo, é alcançar 400 mil crianças. Para tanto, o novo Instituto pretende formar parcerias com mais escolas públicas.

"Nenhuma escola pública tem hoje quadras de tênis. Poucas têm quadra poliesportiva. Levamos material, mini-rede, raquete para a idade, uniformes para atender crianças de 6 a 12 anos. Mas não limitamos a idade, sempre estamos de portas abertas", afirma Barone.

LANÇAMENTO 

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A nova entidade será lançada oficialmente nesta quarta-feira. O evento online, em razão da pandemia, vai servir também para dar o pontapé inicial na busca por doações. O Instituto será mantido por projetos da Lei de Incentivo e também por doações gerais, tanto de empresas quanto de pessoas físicas.

Sem cargo formal na nova entidade, Jorge Paulo Lemann deve ajudar nos bastidores. Um dos itens que deve levantar recursos para o Instituto é uma raquete autografado pelo seu amigo Roger Federer. O leilão também terá raquetes de Gustavo Kuerten e Thiago Wild.

Lemann também vai entrar em quadra. Um dos itens a serem leiloados será o direito de jogar uma partida de duplas com o bilionário, que defendeu tanto o Brasil quanto a Suíça na Copa Davis na década de 60.

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