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ITF muda regras do tênis

Reunida em Cancún, no México, para sua assembléia geral anual, a ITF aprovou algumas alterações, começando pelo tipo de bolinha, mas passando pelos uniformes dos jogadores e chegando à pontuação do tiebreak.

Por Agencia Estado
Atualização:

A volta das saias esvoaçantes, raquetes de madeira e bolinhas brancas estão fora de questão nas mudanças do tênis, mas os dirigentes e fãs da modalidade são apaixonados pelos velhos tempos e sentem falta dos antigos ralis disputados antigamente. A Federação Internacional de Tênis (ITF) mais uma vez volta a falar sobre o assunto e possíveis saídas para a situação criada pelo tênis-força, que tirou a beleza do esporte. Reunida em Cancún, no México, para sua assembléia geral anual, a ITF aprovou algumas alterações, começando pelo tipo de bolinha, mas passando pelos uniformes dos jogadores e chegando à pontuação do tiebreak. Os testes devem ser implantados e seguir até o fim do ano que vem. As novas bolinhas, cerca de 7% maiores que as utilizadas hoje, foram desenvolvidas em um laboratório de Londres com a ajuda da Nasa, a agência aero-espacial norte-americana. Elas se movem mais lentamente e pulam mais, dando àquele tenista que faz a recepção mais 20 milissegundos no tempo médio de reação (10% a mais). A ITF gastou mais de um ano e meio para fazer as bolas que reduzirão a velocidade dos saques, principalmente nos jogos masculinos. Serão divididas em três tipos: bolinha "1", para superfícies rápidas; "2", para pisos de velocidade média; e "3", para quadras lentas. "Pelo menos nos últimos 30 anos o tênis têm sofrido críticas por não fazer experiências suficientes", afirma Andrew Cole, gerente-técnico da ITF. "Futuramente, os tenistas profissionais e os amadores verão a bolinha de um jeito diferente do que vêem hoje." O dirigente acredita que a tecnologia utilizada colabora para que o tênis tenha mais apelo visual. As bolinhas maiores também irão colaborar para o aprendizado. Nos jogos masculinos, o saque hoje é tão rápido que se está chegando a um estágio onde é fisicamente impossível aos adversários reagir em tempo para as respostas. Um exemplo é o inglês Greg Rusedski, que saca a até 248 km/h e em superfícies como grama conquista vários pontos em aces. Em vez de sete, dez A Federação Internacional também quer testar um novo tiebreak, com o nome de "Supertiebreak", que será aplicado para decidir o último set das partidas, em melhor-de-três ou melhor-de-cinco sets. Vence o tenista que fizer dez pontos com dois de diferença (hoje o atleta deve marcar sete pontos, com dois de diferença). Além disso, os tenistas deverão jogar com uniformes em cores nacionais, quando estiverem envolvidos com torneios entre países, como a Copa Davis ou a Fed Cup (a versão feminina da Davis), dentre outros. Em 100 anos da existência do tênis, a modalidade sofreu pouquíssimas alterações em suas regras - a última foi na década de 1970, com o tiebreak e a permissão aos atletas de saltarem na hora do saque.

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