"Vamos jogar torneios mais fortes. Estou com uma expectativa muito boa para começar a jogar as competições profissionais", afirma Menezes, que acompanhou a equipe brasileira na Copa Davis no fim de semana.
Zormann, que treina no Instituto Gaúcho de Tênis, em Porto Alegre, também se mostra ansioso pelos maiores torneios. E acredita que o trio não terá grande dificuldade para se adaptar à nova realidade. "Como a gente já vem jogando uns torneios profissionais, não está sendo tão difícil encarar esse nível dos Future. A dificuldade maior vai ser para se firmar entre os Challenger", diz Zormann. Para superar os obstáculos inerentes a este reinício de trajetória, o trio aposta na amizade construída nos últimos anos. "A gente viaja sempre juntos para todos os torneios. É sempre um torcendo pelo sucesso do outro. Mesmo que você não foi tão bem e seu colega conseguiu avançar mais que você, chegar em uma final, a gente sempre está torcendo para ele", afirma Menezes. Caçula do trio, Orlando Luz tem 16 anos e, portanto, mais duas temporadas para disputar o circuito juvenil. Mas, embalado pelo título de duplas em Wimbledon e nos Jogos Olímpicos da Juventude, ambos ao lado de Zormann, Orlandinho já tenta dar mais atenção às competições profissionais na próxima temporada. "Vou voltar para o Brasil depois de disputar a Copa Davis Júnior, treinar algumas semanas e começar a jogar torneios profissionais. Acabando o ano, não sei como vai começar o meu calendário. Mas vou jogar esses Future", projetou o tenista que é treinado por Larri Passos, ex-técnico de Gustavo Kuerten, em Balneário Camboriú. A preocupação do trio com a transição para o profissional se justifica diante das incertezas da carreira no ambiente mais competitivo da ATP. Alagoano de futuro promissor no tênis, Tiago Fernandes surpreendeu o mundo do tênis ao anunciar sua aposentadoria no mês passado, aos 21 anos. Campeão juvenil do Aberto da Austrália, em 2010, o então pupilo de Larri Passos teve dificuldades para repetir no profissional os resultados do juvenil. E acabou optando por deixar o tênis e investir na faculdade de Engenharia Civil, em Maceió. A aposentadoria precoce de Fernandes, contudo, não preocupa Orlandinho, maior esperança da torcida. Ele diz estar preparado para os desafios do futuro. "A gente tem a cabeça preparada, já tem vários modelos de jogadores juvenis que foram muito bem e acabaram indo mal no profissional. Já tenho minha cabeça formada, o tênis é composto de vitórias e derrotas", pondera.