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Nova equipe da Davis surpreende Guga

Por Agencia Estado
Atualização:

Os principais jogadores brasileiros, que estão em Miami para o Masters Series de Key Biscayne, mostraram-se surpresos com o anúncio da convocação de Marcos Daniel, Alexandre Simoni e Júlio Silva para formar a equipe contra o Paraguai, com Carlos Chabalgoity e Edvaldo Oliveira na comissão técnica. A pergunta que fizeram é se realmente os tenistas aceitaram a convocação, ou se seus nomes foram colocados pela CBT. Tanto Gustavo Kuerten, como Flávio Saretta e Ricardo Mello enfatizaram que o objetivo deles seria o de jogar. "Por que o Nelson Nastás, que está há dez anos na presidência, não sai agora, em vez de esperar até 15 de maio"? perguntou Guga. "Como já disse eu gostaria de jogar a Davis, torneio que já disputei até mesmo machucado, com caimbras e tudo mais. É só um ?Zé da Silva? assumir no lugar do Nastas que eu jogo." Guga também não vê nenhuma relação política neste impasse. "Não tenho qualquer ligação com a oposição, ou qualquer outro grupo", esclareceu o tenista que jamais entrou em assuntos políticos do tênis. "Estou decepcionado porque em todos estes anos nada se fez pelo tênis." A opinião é compartilhada por Flávio Saretta. "Meu objetivo é jogar. Mas estou surpreso, aliás muito surpreso com esta convocação. Li na internet, mas ainda não tenho certeza de que os jogadores aceitaram formar a equipe." Também Ricardo Mello revelou-se um pouco decepcionado com toda essa história, mas preferiu não se alongar no assunto. "Estou pensando sobre tudo o que aconteceu". Saretta fez questão também de deixar claro que jamais sua decisão de boicotar a Davis teve envolvimento político. "Nem sei quem é da oposição", disse com sua habitual sinceridade e descontração. "O que eu gostaria seria mudar o futuro do tênis brasileiro" NA QUADRA - A partir desta quinta-feira, os principais jogadores brasileiros devem entrar em ação no Masters Series de Miami. Por volta das 16h30, Flávio Saretta terá pela frente uma das revelações do tênis mundial, o australiano Todd Reid, ex-campeão juvenil de Wimbledon e vice do Aberto da Austrália. É um jogador de apenas 19 anos que vem impressionando pelas suas atuações. "Na verdade, nunca vi o Reid jogar, mas tenho informações de que seu estilo é parecido com o do Lleyton Hewitt", disse Saretta. Um pouco antes, às 13 horas, Ricardo Mello pega o norte-americano Jeff Slzenstein, tenista que, como o brasileiro veio do qualifying, e já enfrentou por três vezes, com um vitória, no challenger de Dallas, Estados Unidos. "Ganhei muita confiança no qualifying e espero fazer boa estréia." PRÊMIO - Toda essa agitação com Davis e proximidade de estréia, acabou abafando a indicação de Gustavo Kuerten para um dos prêmios mais honrados da ATP, o de "Humanitário", troféu já dado a personalidades como Nelson Mandela, Andre Agassi, Marie Claire Noah (mãe do tenista Yannick Noah envolvida com caridade) e Arthur Ashe, entre outros. "Fiquei mesmo honrado em entrar para uma lista destas, mas acho que tenho de compartilhar o prêmio com minha mãe (Alice é presidente do Intituto Guga Kuerten) e o meu irmão Guillerme, que a cada dia nos leva a ser mais humanitário." A cerimônia de premiação para Guga será nesta quinta-feira em Miami, junto com outros eleitos, como Roger Federer, que ganhou na categoria de mais simpático aos fãs, e Mark Philippoussis, tenista de melhor retorno ao circuito, após contusão. O brasileiro também concorria a estas duas eleições.

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