Uma situação para não causar inveja. O Brasil enfrenta o Paraguai de 9 a 11 de abril no paraíso da Costa do Sauípe, com a força de patrocinadores como suporte, com grandes chances de vencer, e ainda assim, os jogadores se assustam com a possibilidade de formar a equipe brasileira. Depois de Gustavo Kuerten comunicar oficialmente que não estará no confronto, agora foi a vez de Flávio Sarretta e Ricardo Mello mandarem avisar, também através de comunicado, que "não procedem as notícias de que participarão dos jogos". É tudo muito estranho. Os jogadores, ou seus agentes e responsáveis, mandam notícias através de comunicados "oficiais". E envolvidos em tantos interesses, sequer se sabe qual a real vontade dos tenistas. A verdade é que dia 30, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) terá de inscrever os jogadores que disputarão o confronto diante do Paraguai e até agora não tem ainda um técnico e capitão. É lógico que os organizadores procurem o melhor. E isto seria ter um time razoável para defender o Brasil com relativas chances de superar o Paraguai. Mas, o mar não está pra peixe. É certo que muitos jogadores estão loucos para entrar em quadra, só que temem os rótulos que podem ganhar. Flávio Saretta e Ricardo Mello foram escalados este fim de semana para defender o Brasil. A notícia foi desmentida, mas não se pode negar que existe um fundo de verdade. Afinal, existem comprometimentos com patrocinadores e se eles jogassem, tudo estaria resolvido. Porém, o que não apareceu foi a opinião dos próprios jogadores, que hoje em dia preferem se esconder atrás de comunicados oficiais a assumirem suas opiniões. Esta semana, com o início da disputa do Masters Series de Key Biscayne, as coisas devem se esclarecer. Mas não seria exagerado esperar que a CBT já procure formas alternativas de não ter um w.o (não comparecimento do time), o que poderia acarretar em péssimas conseqüências, como suspensão de um ano da equipe brasileira, além de multa para pagar as despesas do time adversário.